SP serve merenda industrializada e pais reclamam: 'Arroz e farofa'

Outra queixa se refere à repetição do cardápio

© Suami Dias/ GOVBA

Brasil Educação 11/03/19 POR Notícias Ao Minuto

Desde o fim do ano passado, os cerca de 3,7 milhões de alunos da rede estadual de ensino de São Paulo, espalhados por 5.400 escolas, voltaram a ter comida industrializada na merenda escolar, e não mais alimentos in natura.

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A prática começou a ser adotada ainda na gestão de Márcio França (PSB) e seguiu durante o governo de João Doria (PSDB), de acordo com informações da Folha de S. Paulo.

Os menus da chef Janaina Rueda foram substituídos sem aviso e têm gerado críticas dos pais e estudantes, por causa da falta de nutrientes.

Uma mãe revoltou-se porque, segundo ela, o filho almoçou arroz com farofa, no último dia 18. A informação bate com o cardápio daquela data, publicado no Diário Oficial: arroz com ervilha e farofa.

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Outra queixa se refere à repetição do cardápio. Ainda conforme a Folha, as escolas da zona leste serviram sardinha três vezes na semana, em dezembro. Mesma quantidade de dias em que foi servido macarrão, em unidades de ensino de Guarulhos, do centro e do norte da capital, no início de fevereiro.

Entre os produtos adquiridos pelo governo estão almôndegas ao molho pronto congeladas, frango com molho rosado congelado e, no final de fevereiro, a Secretaria da Educação abriu processo de tomada de preços para aquisição de molho de tomate em pó.

A compra vai contra o Guia Alimentar para a População Brasileira, referência nacional elaborada pelo Ministério da Saúde.

Ainda segundo a Folha, a Secretaria da Educação do governo Doria prometeu fazer até abril uma chamada pública para que mais chefs possam trabalhar no cardápio da merenda.

“Mudou o governo, muda a equipe e tudo sofre um tipo de ajuste”, afirmou o secretário em exercício Haroldo Corrêa Rocha sobre a interrupção dos menus do projeto Cozinheiros da Educação, que ele chamou de “fantástico” por proporcionar uma alimentação saudável e ajudar a formar novos hábitos alimentares.

“Como a experiência foi bem sucedida, vamos ampliá-la para ter ainda mais gente da culinária paulista”, disse.

Ele afirma que a prioridade ainda é o alimento in natura, mas ele pode ser substituído em caso de problemas com fornecedores, como ocorreu com frigoríficos no caso da carne —o que motivou a compra das almôndegas.

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