© REUTERS/Ramzi Boudina
O presidente da Argélia, Abdelaziz Bouteflika, anunciou nesta segunda-feira (11) o adiamento das eleições presidenciais marcadas para 18 de abril e afirmou que não irá disputar um quinto mandato. A decisão foi divulgada um dia depois de Bouteflika retornar ao seu país, após ficar internado em um hospital na Suíça durante 15 dias, informou o governo em comunicado.
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A possível candidatura do mandatário, de 82 anos, provocou diversos protestos em toda a Argélia nas últimas semanas. Embora esteja doente há muito tempo, Bouteflika havia decidido concorrer ao pleito. A notícia gerou um caos no país, principalmente porque a oposição acredita que ele não seja mais capaz de governar o país.
O presidente sofreu dois derrames e desde 2013 utiliza cadeira de rodas para se locomover. As manifestações contra ele já são descritas como as maiores no país nos últimos 30 anos. O governo não definiu uma nova data para a eleição, mas disse que uma reforma ministerial será realizada em breve. Em comunicado lido no telejornal do país, Bouteflika anunciou também a abertura de um período de transição.
Além disso, o primeiro-ministro da Argélia, Ahmed Ouyahia, anunciou sua renúncia e de todo o seu gabinete. Ele será substituído pelo ministro do Interior, Noureddine Bedoui, segundo a agência oficial APS. (ANSA)