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A boa vontade e o entusiasmo entre os governos de Donald Trump e Jair Bolsonaro, demonstrados nas recentes visitas de altas autoridades dos Estados Unidos ao Brasil, ainda não destravaram questões pontuais e pleitos pendentes na área agropecuária dos dois países.
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Os Estados Unidos pedem uma reavaliação da cota de importação de etanol imposta pelo Brasil como medida de proteção e estímulo ao mercado interno. As importações de etanol sem tarifa são hoje limitadas a 150 milhões de litros por trimestre. Para as importações acima do valor estipulado pela Câmara de Comércio Exterior (Camex), há a incidência de taxa de 20%.
O tema é considerado sensível no Brasil e, para autoridades brasileiras, exige coordenação e conversas com o setor produtivo. Por isso, os negociadores brasileiros não prometeram aos americanos uma solução sobre o tema antes da visita de Bolsonaro a Trump.
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Os norte-americanos afirmam que a tarifa não é uma boa sinalização dentro do caminho para um livre-comércio entre os países.
Os Estados Unidos também buscam a abertura do mercado brasileiro para a exportação de carne suína, o que depende de negociações fitossanitárias consideradas mais simples pelas equipes dos dois países do que a demanda relacionada ao etanol.
Do outro lado, o Brasil tenta reabrir nos Estados Unidos o mercado para exportação de carne bovina in natura. Os americanos aumentaram os testes de qualidade sobre a carne fresca importada do Brasil depois da Operação Carne Fraca. Três meses depois da repercussão internacional da operação, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos anunciou a medida após testes de qualidade da carne brasileira que entra no país reprovarem a quantidade de abscessos presentes na carne bovina.
Na ocasião, os produtores brasileiros informaram que uma reação à vacina contra febre aftosa teria causado o problema. Desde então, o Brasil entrou em uma longa negociação e submeteu aos Estados Unidos uma série de formulários elaborados pela equipe americana para certificar a qualidade da carne bovina fresca. Autoridades do governo brasileiro trabalham atualmente para agendar uma missão dos americanos ao Brasil, último passo para reabrir o mercado.
Apesar de ser um mercado relativamente novo ao País - e de os EUA não serem os grandes importadores do produto -, a venda para os americanos é vista como importante referência para as operações internacionais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.