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Nas próximas semanas, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, deve assinar um acordo de cooperação com o prefeito Fernando Haddad (PT) para a realização de um estudo de viabilidade técnica. O objetivo é medir os possíveis impactos da alteração e escolher um local apropriado para abrigar o entreposto.
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Esse estudo deverá ficar pronto até maio, quando a nova Lei de Zoneamento de São Paulo será encaminhada para a Câmara Municipal. A medida já havia sido defendida por Haddad em outubro. "O novo terminal terá de ser moderno. Hoje, ele não incorpora nenhum equipamento moderno de movimentação de mercadorias", disse à época.
Um estudo específico ainda servirá de subsídio para convencer os vereadores a aprovar uma reclassificação do status da região em que a Ceagesp está atualmente instalada, de Zona Industrial (ZPI) para Zona Especial (ZOE) - mesma definição dada ao Aeroporto de Congonhas, ao sambódromo do Anhembi e ao câmpus da Universidade de São Paulo (USP). Essa alteração é necessária para que o local possa ser usado para casas e comércio, além de um parque.
O projeto não deve enfrentar grandes obstáculos na Câmara, por causa do apelo popular. A troca de localidade tem entre seus objetivos desafogar o trânsito, principalmente com a redução do movimento de caminhões nas Marginais do Tietê e do Pinheiros, além de construir casas populares onde funciona a companhia atualmente - área equivalente ao tamanho de 70 campos de futebol.
A mudança faria parte ainda de um amplo pacote logístico nas pranchetas da Prefeitura de São Paulo que pretende retirar os cerca de 76 mil caminhões (ou 44% dos 190 mil veículos pesados que circulam diariamente pela capital) da região do centro expandido da cidade. Esse pacote inclui ainda a restrição ao tráfego de caminhões na região da Avenida Jacu-Pêssego, na zona leste. O tráfego de caminhões também deverá ser reduzido com a ampliação de um terminal privado de cargas instalado às margens da Via Dutra.
Novo modelo
Esse estudo de viabilidade técnica também ajudará a convencer a iniciativa privada a participar do projeto. O modelo de operação ainda não está fechado, mas é provável que empresas e construtoras que tocarão o projeto obtenham autorização para explorar o entreposto em parceria com o setor público. A área a ser escolhida para abrigar a companhia tem de favorecer a logística de abastecimento. Segundo Haddad, já há locais em análise.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.