Escola alvo de ataque tem bons indicadores e desempenho acima da média

Mais de mil alunos estudam atualmente na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano

© Ueslei Marcelino/Reuters

Brasil suzano 13/03/19 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Escola Estadual Professor Raul Brasil ocupa um quarteirão arborizado da região central de Suzano.

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O terreno foi doado em 1950 para dar lugar ao primeiro grupo escolar do município, que fica a 44 km da capital paulista, e havia sido emancipado no ano anterior.

Pelo portão, sob a placa que destaca em letras grandes o nome da escola -desde 1958, Raul Brasil, em homenagem ao seu primeiro diretor -passam todos os dias mais de mil alunos.

Mais precisamente, 1.058, distribuídos entre os anos finais do ensino fundamental, do 6º ao 9º, com 381 estudantes, e o ensino médio, com 677, segundo a secretaria estadual de Educação.

A placa, sob o telhado de duas águas da escola, destaca também a informação de que a Raul Brasil dispõe de um Centro de Estudo de Línguas, um dos 200 com que conta a rede estadual de ensino.

Ali, 1.534 alunos estudam idiomas, entre os quais, o japonês. Há estimados 16 mil pessoas de origem nipônica entre os cerca de 152 mil habitantes de Suzano.

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A Raul Brasil tem também sala de leitura, laboratórios de informática, física, química e biologia e uma quadra coberta.

A escola pioneira de Suzano é também um dos melhores estabelecimentos de ensino da rede estadual na cidade, de acordo com os indicadores mais recentes, coletados em 2017.

Segundo dados reunidos na plataforma QEdu, que compila dados do ensino no país, a unidade teve, em 2017, a terceira maior nota no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação) nos anos finais do fundamental. Pontuou 5,8 –acima da média nacional, que foi de 4,5.

O Ideb é calculado com base no aprendizado dos alunos em português e matemática (Prova Brasil) e no fluxo escolar (taxa de aprovação).

A Raul Brasil vinha ascendendo nesse indicador, que é aferido a cada dois anos. Em 2015, a escola tinha nota 4,9, abaixo da meta para o estabelecimento, que era 5,5. Em 2017, subiu para 5,8, superando sua meta, que era então de 5,7.

O percentual de alunos promovidos é de 97% na escola, que, entre as 2.268 avaliadas pelo Ideb no estado de São Paulo, ocupa a posição número 292, segundo o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira).

Também é bem colocada quanto à proporção de alunos com aprendizado adequado em português e matemática ao final do ensino fundamental.

Segundo o QEdu, são considerados alunos que aprenderam adequadamente aqueles que alcançam os níveis proficiente e avançado nessas disciplinas.

No caso da escola Raul Brasil, 58% dos alunos do 9º ano chegaram a essa meta em português. São números bastante mais altos que a média das escolas estaduais no Brasil (36%), no estado de São Paulo (38%) e em Suzano (40%).

Mesmo se em matemática menos alunos obtiveram o conceito -foram 30%-, também na comparação os alunos da Raul Brasil se sobressaem: no país, a média foi de 16%; no estado e no município, 18%.

Junto à Prova Brasil, também é aplicado um questionário qualitativo, que avalia a percepção que os alunos têm de si, de seu meio e da escola.

Os dados mais recentes, compilados no QEdu, foram coletados entre alunos do 9º ano, na prova de 2015.

Metade dos alunos eram, então, pardos; cerca de um terço deles respondeu que, em sua casa, havia duas TVs coloridas; outro terço deles tinha três aparelhos.

Mais de 80% dos alunos tinham em casa geladeira e máquina de lavar roupa; mais da metade vivia em casas nas quais havia ao menos um carro e um computador.

A maioria, 84%, viviam com a mãe; 73% viviam também com o pai. Pais e mães letrados -100% das mães, ou mulher responsável, e 96% dos pais, ou homem responsável, eram alfabetizados, e uma grande parcela disse ver a mãe (88%) e o pai (76%) lendo em casa.

Ainda assim, os filhos não se mostraram grandes leitores -mas mais da metade deles (55%) disse ler notícias na internet.

Todos disseram ser incentivados pelos responsáveis a estudar; quase todos também se diziam instados por eles a ler, a não faltar às aulas, a fazer as lições.

Nenhum dado ajuda a entender o que aconteceu neste dia 13 de março. Com informações da Folhapress.

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