Eduardo Bolsonaro diz que armas fazem tão mal quanto um carro

"Armas não matam ninguém, o que matam são pessoas. Pode usar pistolas, facas, pedras", disse o filho do presidente Jair Bolsonaro

© Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agencia Brasil

Política deputado 13/03/19 POR Estadao Conteudo

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) afirmou nesta quarta-feira, 13, que as armas de fogo fazem tão mal quanto um carro porque dependem da ação humana. Ele rebateu também o argumento de que os homicídios diminuiriam com menos armas nas ruas porque, de acordo com ele, o Estatuto do Desarmamento não reduziu o número de mortes no País.

PUB

"A minha crítica é que no Brasil deveria existir também um estudo sobre o uso defensivo da arma de fogo, e não apenas o uso agressivo. E a gente sempre vai na argumentação que a arma é um pedaço de metal. Faz tão mal quanto um carro. Ou seja, para fazer mal, precisa de uma pessoa por trás dela. Armas não matam ninguém, o que matam são pessoas. Pode usar pistolas, facas, pedras", disse.

Ex-alunos matam oito pessoas em ataque a escola em Suzano

Para Eduardo Bolsonaro, as armas não servem apenas para matar, mas também para defender. "Quem é do meio policial sabe, e eu mesmo já passei por uma situação dessas, em que apenas exibindo uma arma de fogo você evita um roubo ou até algo pior, uma morte. Só que isso não é registrado em local nenhum. Agora se eu reajo armado a um assalto e venho a falecer, isso aí entra em estatística, porque é aberto inquérito, vai para dados oficiais", disse.

O parlamentar apresentou seus argumentos ao ser questionado sobre o massacre ocorrido nesta manhã em uma escola estadual no município de Suzano, na Grande São Paulo. Ao menos dez morreram, incluindo os dois atiradores.

Suzano: polícia acredita que tiroteio foi cuidadosamente planejado

O deputado disse ainda que hoje o criminoso sabe que a vítima não vai estar armada. "Enquanto as armas eram de mais fácil acesso, o número de crimes era menor", defendeu.

Durante a tarde, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) criticou a ideia de que se a população pudesse andar armada, tragédias como essa seriam evitadas. Para ele, a defesa do porte de arma nestas situações levaria a uma "barbárie" no País. Maia defendeu ainda que o monopólio da segurança pública seja somente responsabilidade do poder público.

"É óbvio que num momento desses de comoção existem pessoas que vão tentar de todo jeito aproveitar as suas bandeiras contra o armamento. Isso ocorre sempre que isso acontece. Agora, e as outras 62.000 pessoas que foram assassinadas sem a chance de defesa? Será que elas não têm voz?", rebateu Eduardo. Ele disse ainda que Maia tem "direito de ter sua opinião".

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

economia Dinheiro Há 15 Horas

Entenda o que muda no salário mínimo, no abono do PIS e no BPC

tech Aplicativo Há 15 Horas

WhatsApp abandona celulares Android antigos no dia 1 de janeiro

brasil Tragédia Há 8 Horas

Sobe para 14 o número desaparecidos após queda de ponte

mundo Estados Unidos Há 15 Horas

Momento em que menino de 8 anos salva colega que engasgava viraliza

fama Condenados Há 23 Horas

Famosos que estão na prisão (alguns em prisão perpétua)

fama Realeza britânica Há 8 Horas

Rei Chales III quebra tradição real com mensagem de Natal

fama Emergência Médica Há 16 Horas

Gusttavo Lima permanece internado e sem previsão de alta, diz assessoria

brasil Tragédia Há 16 Horas

Vereador gravou vídeo na ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira pouco antes de desabamento

fama Hollywood Há 11 Horas

Autora presta apoio a Blake Lively após atriz acusar Justin Baldoni de assédio

brasil Tragédia Há 15 Horas

Mãe de dono da aeronave que caiu em Gramado morreu em acidente com avião da família há 14 anos