© Wilson Dias/Agência Brasil 
WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) - A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, encerrou sua participação em evento da ONU sobre as mulheres nesta quarta-feira (13) com um discurso contra o aborto.
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Segundo a ministra, o governo de Jair Bolsonaro entende o direito à vida como proteção desde a concepção e vai se empenhar para que isso seja seguido no país.
Damares afirmou ainda que as políticas de proteção e defesa dos direitos das mulheres terão prioridade, mas não apresentou dados ou projetos.
"Como indica o nome da pasta, as políticas de proteção e defesa dos direitos da mulher terão prioridade no novo Brasil que estamos construindo. Esse é o compromisso do presidente Bolsonaro. Essa é minha palavra como ministra e como mulher", disse Damares.
"Defendo com o mesmo empenho a inviolabilidade do direito à vida prevista na Carta Magna brasileira. Direito à vida, no entendimento do atual governo brasileiro, significa proteção da vida desde o momento da concepção."
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Esta é a segunda vez que Damares fala contra o aborto na ONU -em fevereiro, ela usou a mesma retórica na Comissão de Direitos Humanos.
Desta vez, a ministra teve direito a três discursos desde segunda-feira (11) na Comissão sobre o Status da Mulher, mas não apresentou medidas além da "renovação do engajamento do Brasil nas discussões internacionais" e do "aprofundamento de estratégias".
Damares disse ainda que quer voltar em breve à comissão da ONU para anunciar que o Brasil "se tornou um lugar seguro para ser mulher e uma das melhores nações do mundo para se criar meninas".
Na segunda, ela tinha dito que no país há uma "verdadeira epidemia de crimes violentos contra mulheres e meninas". No entanto, apesar de destacar uma legislação que, nas suas palavras, está avançada, afirmou que o Brasil está aquém do desejado quando o assunto é o combate à violência contra as mulheres.
Damares falou sobre trabalho doméstico não remunerado e, assim como outros representantes, foi incitada a oferecer exemplos e propostas em relação ao tema.
A ministra abriu sua primeira fala dizendo que o assunto era "muito caro à pasta" mas, em seguida, admitiu que o ministério não tem os dados do setor, o que prejudicaria a elaboração de políticas públicas.
"Reconhecemos que as políticas públicas, tais como licença parental e acesso a creches de qualidade, são necessárias para promover o recrutamento, a remuneração e a promoção de mulheres jovens."
Um dia depois, em sua segunda fala, Damares reforçou o que costuma dizer em entrevistas sobre lutar com "todas as forças" para erradicar a violência contra a mulher. Porém, não deu detalhes de projetos concretos para esse objetivo. Com informações da Folhapress.