© Fernando Frazão/Agência Brasil
Exatamente um ano depois do assassinato da vereadora Marielle Franco, no Centro do Rio, a viúva Mônica Benício prestou uma homenagem à companheira em suas redes sociais.
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"Há 365 dias atrás nós dormimos abraçadas pela última vez. Desde então não teve uma noite sequer que eu não tenha sentido sua falta. Não teve uma manhã q eu não tenha chorado sua ausência. Tá muito difícil sem você! Mas hoje as ruas estarão cheias gritando seu nome, clamando por justiça, elevando aos céus muito amor pra você. Não há nada no mundo q eu deseje mais do que você estar em paz", postou no Instagram.
Mônica também falou sobre a vida do casal: "De todos os momentos do dia nosso consenso é que o melhor era deitar para 'descansar'. Ficar agarradas de papo, falar do dia, dos sonhos, fazer cosquinha pra ouvir a gargalhada antes de dormir. Sexo. Massagem nos pés. A única regra era que não se podia dormir sem dar 'beju' de boa noite, mesmo se estivéssemos brigadas".
Ver esta publicação no InstagramUma publicação partilhada por M O N I C A B E N I C I O (@monicaterezabenicio) a 13 de Mar, 2019 às 8:45 PDT
Atos
Para lembrar a data e cobrar respostas ao crime, vários atos estão programada para acontecer no Brasil e no mundo.
Na última terça-feira (12), a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio prenderam o policial militar reformado Ronnie Lessa, que é acusado de ser o autor dos disparos, e o ex-PM Élcio de Queiroz, que teria dirigido o carro usado no crime. Eles negam.
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Marielle e o motorista Anderson foram executados dentro do veículos em que seguiam, no Centro da capital fluminense, depois de saírem de um evento na Lapa, em 14 de março de 2018.
Cobrança
Apesar das prisões, familiares e amigos das vítimas cobram a necessidade de esclarecer os possíveis mandantes. O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), com quem Marielle trabalhou, destacou que ainda é preciso revelar a motivação do crime.
“Quem matou Marielle não foi apenas quem apertou o gatilho. Quem matou Marielle foi quem planejou a sua morte, foi quem desejou a sua morte, foi quem contratou, foi quem politicamente desejou eliminar Marielle. É muito importante para o país saber quem mandou matar Marielle, qual o objetivo político e qual a motivação”, disse Freixo.
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A irmã da vereadora, Anielle Franco, considerou que as prisões desta semana são um grande passo, e o pai dela, Antônio Francisco da Silva, disse que sua angústia diminui um pouco.
A viúva de Anderson Gomes, Ághata Reis, ponderou que as prisões são só um começo. “O que aconteceu foi muito maior do que a gente poderia imaginar. É realmente um divisor de águas. A prisão desses dois é só um começo, um pontapé. Tem muita coisa ainda para ser descoberta, para que a gente ponha um ponto final no nosso sofrimento. Queremos descobrir o mais rápido se houve um mandante”
A viúva de Marielle, Mônica Benício, afirmou que a solução completa do caso é um dever do Estado com a sociedade, a democracia e os familiares das vítimas. “A gente tem que pensar que mais importante que prender mercenários é responder à questão mais urgente e necessária de todas, que é quem mandou matar a Marielle e qual foi a motivação para o crime. Espero não ter que aguardar mais um ano para ter essa resposta”, disse Mônica.