Veja a cronologia do massacre na escola de Suzano

Ataque deixou 10 mortos e 11 feridos

© Amanda Perobelli / Reuters

Justiça Linha do tempo 14/03/19 POR Folhapress

O ataque na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), na manhã desta quarta-feira (13), deixou 10 mortos e 11 feridos.

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Dois ex-alunos entraram na unidade de ensino e atiraram contra estudantes e funcionários. Depois, tiraram as próprias vidas.

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Veja abaixo a cronologia do massacre, de acordo com informações da Polícia Civil:

1. Por volta de 9h, Luiz Henrique de Castro, 25, e Guilherme Taucci Monteiro, 17 , atacam dono de locadora de carros e lava jato próximo à escola a tiros – o homem é socorrido, mas não resiste e morre no hospital

2. Os dois seguem até a escola, onde entram e atiram na coordenadora pedagógica, que morre

3. Eles atiram em uma segunda funcionária, a agente de organização escolar, que também é morta

4. Os atiradores se encaminham para o pátio da escola. É hora do lanche e há apenas alunos do ensino médio

5. Os atiradores abrem fogo. Quatro adolescentes são mortos no local, e outros são feridos

6. Atiradores se dirigem para o centro de línguas que funciona na escola, em outro andar. Lá, a professora e os alunos se trancam em uma sala

7. Do lado de fora, eles veem os policias se aproximando e um teria atirado no outro e depois se suicidado

8. Polícia chega ao local 8 minutos após ser chamada

+ Vídeo mostra adolescente atirando dentro de escola em Suzano

Outros casos

Já houve no país ao menos outros sete casos similares ao de Suzano com atiradores (alunos ou não) dentro de escolas abrindo fogo contra estudantes e outras pessoas. Em Salvador, um jovem de 17 anos matou duas colegas dentro da sala do colégio particular Sigma e foi preso em flagrante. À época, em 2002, a delegada encarregada do caso afirmou que o revólver calibre.38 utilizado pelo garoto pertencia ao pai, que era perito policial.

Em janeiro de 2003, em Taiúva (a 363 km de São Paulo), Edmar Aparecido Freitas, 18, ex-aluno da escola estadual Coronel Benedito Ortiz, invadiu o pátio da instituição, atirou em alunos, professores e funcionários e depois se matou.

Em abril de 2011, em Realengo (zona oeste do Rio), doze adolescentes -dez meninas e dois meninos- morreram no massacre da escola municipal Tasso da Silveira. Eles foram vítimas de Wellington Menezes de Oliveira, 23, que atirou contra as vítimas na sala de aula.

No mesmo mês, um adolescente de 14 anos que se disse vítima de bullying matou um colega com golpes de faca no interior do Piauí. O caso ocorreu na zona rural da cidade de Corrente, no extremo sul do Estado.

Também em 2011, mas em setembro, um aluno de 10 anos de idade que estava no 4º ano atirou na professora Rosileide Queiros de Oliveira, 38, e depois se matou na escola Professora Alcina Dantas Feijão, em São Caetano do Sul (Grande São Paulo).

Em abril de 2012, um adolescente de 16 anos atirou em outras três alunas de escola estadual de Santa Rita (região metropolitana de João Pessoa, na Paraíba). O objetivo do rapaz era acertar um menino de 15 anos com quem havia discutido duas vezes.

O último caso foi em outubro de 2017, quando um adolescente de 14 anos matou dois colegas e feriu outros quatro, em Goiânia. O jovem utilizou uma pistola .40 da mãe, que assim como o pai é policial militar. Segundo a Polícia Civil, na época, o adolescente foi motivado por bullying.

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