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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Reinaldo de Souza Limeira Júnior, pai de Kaio Lucas da Costa Limeira, 15, morto no massacre de Suzano (Grande SP) disse que "não tem que se pensar em perdoar (Guilherme e Luiz), pois eles são duas crianças".
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"Enterrei meu filho ontem (quinta-feira). O que posso dizer é que mais amor, mais amor", afirmou em lágrimas. Ele ainda acrescentou considerar os atiradores como "vítimas do ódio".
O nome de Kaio Lucas foi o último a ser confirmado e entrar para a lista de vítimas divulgadas na quarta, após o ataque que vitimou cinco alunos, duas funcionárias e um empresário. Outras 11 pessoas ficaram feridas.
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Júnior foi prestar depoimento, por volta das 17h30 desta sexta-feira, na Delegacia Sede de Suzano.
Kaio Lucas Costa Limeira foi descrito como "evangélico e tranquilo" por familiares. Segundo sua prima, a auxiliar de advocacia Francine D' Angelo, 32, "dos primos ele era o mais tranquilo. Adorava jogar futebol."
Boa parte do conteúdo publicado por Kaio nas redes sociais era relacionado a esportes. Torcedor do Real Madrid, ele também lutava judô. Uma das fotos em que Kaio aparece em luta, com um quimono azul, é comentada em tom de brincadeira por Caio Oliveira, que também morreu no massacre.
"Ala nem lavava o pé", escreveu o amigo.
O corpo do adolescente foi velado em um ginásio poliesportivo junto com outras vítimas do massacre na escola Raul Brasil em meio a uma grande comoção. Mais de 15.000 pessoas que fizeram fila para prestar homenagens aos quatro alunos e duas funcionárias e assistiram ao sepultamento embaixo de um temporal, na quinta-feira (14).
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O velório coletivo começou antes das 7h entre abraços, choros e sussurros em um espaço oferecido pela Prefeitura de Suzano, a menos de um quilômetro do colégio palco dos ataques.
Havia uma grade isolando os parentes das vítimas -os únicos próximos aos corpos. Ainda em choque, alguns familiares chegaram a passar mal, sendo atendidos em ambulâncias no local.