© Rovena Rosa/Agência Brasil
Ao lado dos vencedores dos 12 aeroportos leiloados ontem, o ministro de Infraestrutura, Tarcísio Freitas, anunciou que a 6.ª Rodada de Concessões Aeroportuárias será lançada na segunda-feira. Segundo ele, a expectativa é que até setembro de 2020, 22 aeroportos sejam concedidos para a iniciativa privada. Congonhas (SP) e Santos Dumont (RJ) ficariam para a última rodada, em 2022. Antes disso, no entanto, a expectativa é vender as participações da Infraero nos aeroportos já concedidos para a iniciativa privada. Os estudos começarão em breve e devem ser finalizados ainda este ano.
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O anúncio aguçou o apetite dos investidores, animados com o resultado do leilão de ontem. O diretor da Aena Internacional, Juan Jose Alvarez, afirmou que "sem dúvida" vai estudar os novos blocos de aeroportos que serão concedidos pelo governo. Além do R$ 1,9 bilhão a ser pago na assinatura do contrato, a empresa espanhola deverá desembolsar R$ 788 milhões ao longo dos primeiros cinco anos de contrato em obras de melhorias nos aeroportos estabelecidas no contrato.
Segundo Alvarez, a expansão da Aena na América Latina já estava aprovada em seu plano estratégico. "Por enquanto estamos no México, Colômbia e Jamaica; agora, onde vemos oportunidades é no Brasil. Foi onde concentramos nosso trabalho", disse o executivo.
A espanhola é a maior gestora de aeroportos do mundo em número de passageiros, operando 46 aeroportos e dois heliportos na Espanha, além de deter 51% de participação no aeroporto de Luton, em Londres.
A Zurich, que venceu o bloco Sudeste, também demonstrou interesse pelos próximos leilões, mas a empresa tem planos ainda mais ambiciosos. Ao lado da gestora IG4, avalia a compra de Viracopos, que está em recuperação judicial. A suíça já administra, com a CCR, o aeroporto de Confins (MG) e o de Florianópolis, que venceu em 2017.
O grupo que arrematou o bloco Centro-Oeste também garantiu que estará presente nos próximos leilões. O diretor superintendente da Socicam, José Mario Lima de Freitas, destacou que a participação no leilão de ontem foi apenas o primeiro passo na administração de aeroportos maiores. "Vamos seguir nesse caminho e vamos participar das próximas licitações", afirmou o executivo.
A empresa, diz ele, não é novata no segmento. Ela já administra dez concessões de aeroportos regionais, sendo que duas estão localizadas na Região Centro-Oeste, onde ganhou o leilão ontem. Entre eles, os aeroportos de Goiânia (desde fevereiro de 2016) e Caldas Novas (desde novembro de 2015). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.