© Valter Campanato/Agência Brasil 
Nesta terça-feira (19), a partir das 10h, a Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC) prevê ouvir Gustavo Bebianno Rocha, ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República.
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A audiência pública interativa para ouvir Bebianno foi sugerida pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Ele quer que o ex-ministro preste informações sobre as denúncias de uso de candidaturas laranjas para desvio de recursos eleitorais.
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Na justificativa do requerimento, Randolfe lembra que a imprensa noticiou recentemente o uso, pelo Partido Social Liberal (PSL), de candidaturas laranjas de mulheres em Minas Gerais e Pernambuco. O objetivo seria o desvio de recursos públicos. As informações são da Agência Senado.
Randolfe diz que essas candidatas tiveram poucos votos, mas receberam recursos significativos destinados para suas campanhas. O senador suspeita que essas candidaturas de mulheres serviram apenas para “cumprir a determinação legal de 30% de candidaturas e de recursos destinados para a participação feminina nas eleições proporcionais”
O senador também afirma que Bebianno era presidente do PSL e chefiava o diretório nacional da legenda à época da liberação dos recursos eleitorais.
“Este convite será uma oportunidade para que o ministro coloque às claras o obscurantismo que ronda as eleições do PSL, esclarecendo à República sobre o que tomou parte neste processo eleitoral: não é adequado que mande ameaças veladas ou nomeie interlocutores na imprensa para tratar em off de assuntos desta magnitude. É a oportunidade para que o ministro, acima de tudo, escolha como deseja entrar para a história: enxotado do Planalto e recolhido ao voto de silêncio, ou cumpridor dos seus deveres para com a nação, repondo sua versão dos fatos”, afirma Randolfe na justificação de seu requerimento.
Bebianno também será questionado sobre os fatos que levaram a sua exoneração e sobre as declarações feitas à imprensa do seu trabalho na campanha eleitoral que elegeu o presidente Jair Bolsonaro.