© REUTERS/Jorge Silva
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - As autoridades da Nova Zelândia começaram a divulgar neste sábado (16) detalhes sobre as vítimas do massacre de sexta (15) na cidade de Christchurch e anunciaram que há crianças entre os 49 mortos na ação.
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O comissário da polícia local, Mike Bush, divulgou também mais detalhes do caso e confirmou que foi o mesmo atirador que realizou o ataque contra as duas mesquitas -a suspeita era que poderia haver um segundo atirador.
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Não está descartada ainda a participação de outras pessoas e dois suspeitos seguem detidos, mas nenhum deles teria atirado nas vítimas e sim participado do planejamento da ação de alguma forma.
O atirador foi identificado como o australiano Brenton Tarrant, 28, que foi detido pela polícia e segue preso. Na manhã deste sábado, ele foi levado a um tribunal e oficialmente denunciado por homicídio.
Tarrant transmitiu ao vivo o massacre pelo Facebook. As imagens mostram ele entrando na mesquita de Al Noor, no centro da cidade, e disparando contra os frequentadores -41 pessoas morreram no local.
Após o ataque no local, o australiano entrou em seu carro e dirigiu por sete minutos até outra mesquita, de Linwood, onde matou outras sete pessoas. A última vítima morreu no hospital.
A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, disse que Tarrant planejava continuar seu ataque após a ação na segunda mesquita, mas acabou sendo preso por dois policiais comunitários que estavam no local.
Segundo ela o atirador foi detido 36 minutos após os serviços de emergência terem sido avisado dos primeiros tiros, por volta das 13h40 locais de sexta (21h40 de quinta no horário de Brasília).
O autor divulgou pouco antes do ataque um manifesto pelo Twitter no qual assumiu a autoria da ação e elencou líderes racistas e nacionalistas como seus heróis.
O gabinete de Ardern afirmou que Tarrant enviou por email diretamente para ela o texto do manifesto dez minutos antes de começar os ataques.
Além dela, outros políticos e veículos da imprensa internacional também receberam o texto, disse o governo.
Também neste sábado, o jornal New Zealand Herald conseguiu confirmar o nome de ao menos 25 vítimas, com idades que vão de 3 a 71 anos. Além de neozelandeses, há entre os mortos palestinos, indianos, bengalis, paquistaneses e egípcios.
Ardern, já tinha anunciado que havia estrangeiros entre os mortos, incluindo imigrantes da Turquia, Malásia, Paquistão, Arábia Saudita e Indonésia. Ao menos cinco crianças estão entre os mortos, de acordo com a publicação.
Os nomes, porém, ainda não foram confirmados pelas autoridades neozelandesas.