© Twitter / Yelle Tieleman
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um atirador abriu fogo contra passageiros em um bonde na cidade de Utrecht, na Holanda, na manhã de segunda-feira (18), deixando três mortos.
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O suspeito de ser autor do ataque, o turco Gökmen Tanis, 37, foi preso horas depois, após uma grande operação policial.
A emissora local RTV disse que o suspeito tem uma longa ficha de participações em pequenos crimes, incluindo um ataque a tiros em 2013.
Segundo o promotor regional Rutger Jeuken, Tanis já havia sido preso anteriormente, mas detalhes não foram divulgados.
O prefeito de Utrecht, Jan van Zanen, afirmou que o ataque deixou ainda cinco feridos, três deles em estado crítico.
Dieter-Jaap Aalbersberg, diretor da agência nacional de contraterrorismo, classificou o ato como "potencialmente terrorista".
O governo de Utrecht havia elevado o alerta de terrorismo para o nível máximo (5), mas quando o suspeito foi preso o índice foi rebaixado para o nível 4. A segurança foi reforçada em escolas, mesquitas, estações de trem (Utrecht é um importante entroncamento) e aeroportos.
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"Nosso país entrou em choque hoje por um ataque em Utrecht. Uma motivação terrorista não pode ser excluída", disse o primeiro-ministro, Mark Rutte, em um comunicado. "Os primeiros relatos provocaram incredulidade e nojo. Pessoas inocentes foram atingidas pela violência."
O ataque ocorreu por volta das 10h45 (6h45 em Brasília) na praça 24 de Outubro, assim chamada em homenagem às Nações Unidas, fundada nesse dia em 1945, nos EUA.
A agência de notícias estatal turca Anadolu noticiou que os tiros foram direcionados a um familiar do atirador, "emrazão de questões familiares", e que então ele teria disparado nos passageiros que tentaram ajudar a vítima.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse em uma entrevista para a TV que a agência turca de inteligência está investigando se as motivações do ataque foram pessoais ou se de fato foi um ato terrorista.
Uma testemunha que viajava na parte da frente do bonde, Daan Molenaar, afirmou para a rede NOS não acreditar se tratar de um ataque terrorista. "A primeira coisa que pensei foi: isto é algum tipo de vingança, ou alguém que está muito bravo e pegou uma pistola", afirmou.
O premiê disse estar "profundamente preocupado" e realizou reuniões de crise para tratar do incidente. Houve reforço na segurança da sede do governo, em Haia.
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Utrecht é a quarta maior cidade da Holanda e possui cerca de 335 mil habitantes. Boa parte deles são estudantes.
Os principais partidos políticos decidiram suspender a campanha pelas eleições locais de quarta-feira (20).
Em agosto do ano passado, um afegão esfaqueou e feriu dois turistas americanos na Estação Central de Amsterdã antes de ser baleado pela polícia.
Em setembro, as autoridades holandesas prenderam sete pessoas nas cidades de Arnhem e Weert e disseram ter frustrado um "grande atentado" no país. Na ocasião, uma grande quantidade de material para fazer bombas foi apreendida.
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