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O professor Pedro Mara vai deixar o Rio de Janeiro após a informação de que teve a vida pesquisada pelo policial militar reformado Ronnie Lessa, que é acusado de ter matado a vereadora Marielle Franco (PSOL) e foi preso na última semana.
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Pedro Mara é professor de sociologia, doutorando na Universidade Federal do Rio de Janeiro, e diretor do Ciep 210 Mario Alves de Souza Vieira, em Belford Roxo, Baixada Fluminense.
"Estou absolutamente triste. Quarta fui trabalhar e fechei a escola. Na quinta, ao ser alertado pela imprensa, fizemos uma série de avaliações e resolvemos pedir uma licença", afirmou o educador.
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Segundo destaca o jornal Extra, em 2017, o docente se envolveu em uma polêmica com o o então deputado Flávio Bolsonaro (PSL). O filho do presidente Jair Bolsonaro apresentou uma denúncia ao Ministério Público pelo fato de Mara ter uma folha de maconha tatuada no antebraço. O professor defende a legalização da maconha.
Mara disse ainda que leu comentários de ameaça nas redes sociais. "Além da milícia, tenho medo dos seguidores de Bolsonaro. Pelo que vi nos comentários das matérias, preciso tomar cuidado. A minha licença vai ser por um tempo. Depois reavalio se renovo ou não. Enquanto isso, a escola fica na mão dos outros diretores que trabalham comigo", afirmou.
O educador terá inicialmente licença de duas semanas com a intermediação da Comissão de Educação da Alerj, presidida pelo deputado Flávio Serafini (PSOL).
“Estou saindo do estado, tomando algumas providências junto à Polícia Civil, porque a situação inspira alguns cuidados, exatamente porque estou numa área totalmente de milícia. Eu dirijo numa área de milícia”, confirmou em entrevista à revista Fórum.
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