© Reuters / Paulo Whitaker
Se no Brasil a Petrobras reconheceu que seus funcionários praticaram crimes e citou participação de políticos em esquemas de corrupção na empresa, incluindo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nos Estados Unidos não é bem isso que acontece. Lá, segundo a defesa do petista, a petroleira admitiu os crimes, mas não citou o nome do ex-presidente.
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É com base nessa divergência nas versões que os advogados de Lula pediram, na segunda-feira (18), ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que a estatal preste esclarecimentos sobre os fatos e que, até lá, seja adiado o julgamento do recurso especial sobre a condenação a 12 anos e 1 mês no caso do tríplex no Guarujá.
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“Nos EUA, a Petrobras reconheceu culpa perante o Departamento de Justiça e identificou os executivos e políticos supostamente envolvidos, sem qualquer referência direta ou indireta ao ex-presidente Lula. Já no Brasil, a petrolífera se diz vítima, assumiu posição de assistente de acusação e encampou a versão acusatória contra Lula”, escreveu o advogado Cristiano Zanin Martins.
Segundo a coluna de Bela Megale, no jornal O Globo, a defesa embasou o pedido em mais dois fatos: disse que a força-tarefa de Curitiba sonegou informações sobre 13 acordos que assinou com os EUA e destacou o processo trabalhista movido por um executivo da OAS contra o empreiteiro Léo Pinheiro. Ele acusa Léo, um dos principais delatores de Lula, de “modular delações”.