Após apoio de Trump à soberania de Israel, Síria quer recuperar Golã

As Colinas de Golã foram conquistadas por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967, mas sua anexação pelo país nunca foi reconhecida pela comunidade internacional

© REUTERS / Carlos Barria (Foto de arquivo) 

Mundo Embate 22/03/19 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) Após declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta quinta-feira (21), indicando reconhecimento da soberania israelense sobre as Colinas do Golã, o governo da Síria rebateu e prometeu recuperar o território, hoje ocupado por Israel.

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Em comunicado divulgado pela agência estatal de notícias da Síria, uma fonte do ministério do exterior sírio afirmou que "a nação síria está mais determinada a libertar esta parte preciosa da terra nacional através de todos os meios disponíveis".

As Colinas de Golã foram conquistadas por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967, mas sua anexação pelo país nunca foi reconhecida pela comunidade internacional.

"[O posicionamento de Trump] Reflete o desprezo norte-americano pela legitimidade internacional", afirmou a fonte do ministério do exterior à agência síria.

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O comunicado ainda afirma que as declarações do presidente dos EUA mostram a extensão do "viés cego" a favor de Israel presente na atual administração. A fonte também disse que as afirmações de Trump não mudarão o fato de que "Golã é e continuará sendo árabe e sírio".

O posicionamento de Trump também foi criticado por líderes de outros países, como Rússia, Turquia e Irã. O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores iraniano, Bahram Qasemi, afirmou que as decisões de Trump levarão à crise na região.

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Já Recep Erdogan, presidente da Turquia -país que sediou as últimas conversas de paz entre os governos de Israel e Síria-, disse que a mudança abrupta norte-americana traz a região à beira de uma nova crise. "Nunca permitiremos que a ocupação das Colinas do Golã se legitime", afirmou.

A Rússia também alertou que a decisão americana pode estimular um novo conflito na região. Segundo um porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, as afirmações de Trump podem desestabilizar consideravelmente uma já tensa situação no Oriente Médio.

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