© Lucas Figueiredo/CBF
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Philippe Coutinho não vive o melhor momento técnico de sua carreira. Em fase irregular no Barcelona, o jogador repetiu o fraco desempenho no amistoso neste sábado (23) com a seleção brasileira que terminou em 1 a 1 com o Panamá. Sua atuação, inclusive, colocou seu nome entre os mais comentados pelo mundo no Twitter. Ainda assim, ele mantém a sua vaga cativa no meio-campo titular de Tite. Por quê?
O jovem revelado pelo Vasco encantou Tite durante as Eliminatórias da Copa. Ele teve uma ascensão meteórica até conquistar a vaga de titular na Copa do Mundo e vive dos louros do passado até hoje para manter seu espaço. Fez um golaço na estreia e foi apontado como grande ponto de equilíbrio para dividir a responsabilidade com Neymar. Agora, o meio-campista é uma exceção no ditado repetido pelos treinadores de que futebol é momento.
No jogo amistoso no Estádio do Dragão, Tite trocou Lucas Paquetá e Arthur, mas manteve o atleta do Barcelona apesar do péssimo desempenho. Foi questionado mais de uma vez sobre isso na coletiva de imprensa. Na primeira, tentou usar termos táticos para defender as suas trocas.
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Depois, o próprio treinador admitiu que tem um pouco mais de boa vontade com Coutinho. Usando a palavra complacência, o gaúcho afirmou que sabe do que seu atleta é capaz e disse que o último ano em alta fez o nível de cobrança subir.
"O Coutinho criou uma expectativa muito alta na gente. Desde a eliminatória, ele teve uma temporada muito alta. Agora, ele está pagando o preço do padrão alto que ele teve. Por ser diferenciado, ele tem uma manutenção porque é de confiança, o técnico sabe que ele pode render. Talvez, o técnico tenha complacência porque sabe que qualidade tem, nível de maturidade ele tem", afirmou o comandante.
Os números mostram que Coutinho realmente apresenta uma queda na qualidade de seu futebol. Essa é a pior temporada das últimas quatro. São cinco assistências e nove gols em 41 jogos disputados da Copa até aqui.
Na temporada passada, foram 14 assistências (quase o triplo) e 22 gols (mais que o dobro) em 42 jogos disputados. Entre 2016 e 2017, ele disputou 36 partidas, deu nove assistências (quase o dobro) e fez 14 gols. Já entre 2015 e 2016, foram 43 jogos, com sete assistências e 12 gols.
Não é à toa que os jornais espanhóis cogitam que o Barcelona já pensa em uma eventual negociação. Os catalães, segundo a imprensa local, pensam em recuperar ao menos parte dos 160 milhões de euros (mais de R$ 700 milhões na cotação atual) investidos para tirá-lo do Liverpool.
No ambiente da seleção, Coutinho não tem só a defesa de Tite. Querido pelos seus companheiros, ele foi defendido mais de uma vez na zona mista. Casemiro foi o mais enfático, destacando todas as qualidades e seu passado recente com excelente desempenho com a camisa da seleção brasileira. Com informações da Folhapress.