Ministro da Defesa rechaça termo 'comemoração' para dia do golpe de 64

Chefe das Forças Armadas diz que data histórica deve ser explicada aos mais jovens

© Tomaz Silva/Agência Brasil 

Política Declaração 26/03/19 POR Folhapress

MARINA DIAS - WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) - O ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, rechaçou o uso da palavra "comemoração" para definir os eventos que serão promovidos pelo governo Jair Bolsonaro para marcar o dia 31 de março, data do golpe deu início à ditadura militar no Brasil em 1964.

PUB

Segundo o ministro, que esteve em Washington nesta terça-feira (26), a data é histórica e deve ser explicada para os mais jovens.

"O termo aí, comemoração na esfera do militar, não é muito o caso. Vamos relembrar e marcar uma data histórica que o Brasil passou, com participação decisiva das Forças Armadas, como sempre foi feito. O governo passado [do PT] pediu que não houvesse ordem do dia, este [governo], ao contrário, acha que os mais jovens precisam saber o que aconteceu naquela data, naquela época", disse.

Bolsonaro determinou que o Ministério da Defesa promova comemorações em unidades militares em referência ao 31 de março de 1964 e o porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, falou em "comemorações devidas" para o próximo domingo (31).

+ Ação popular quer barrar comemoração do 31 de março de Bolsonaro

O chefe das Forças Armadas do Brasil afirmou nesta terça que os eventos serão feito intramuros, como leitura da ordem do dia, palestras e formaturas militares.

"Vamos fazer coisa de soldado, as Forças, a Marinha, o Exército, e as Forças Aéreas. É uma formatura militar, é palestra, é ler a ordem do dia, coisa que sempre a gente faz em todas datas. Em todas as datas históricas do Brasil é feito isso, essa é mais uma", afirmou Azevedo.

Preocupada com o envolvimento do governo Bolsonaro em nova polêmica, a cúpula militar já demonstrou o desejo de evitar comemorações públicas e efusivas.

"É o primeiro 31 de Março sob a égide do governo de Jair Bolsonaro. Espera-se que haja algum tipo de comemoração, digamos assim, mas ela será, obviamente, intramuros", disse o vice-presidente, general Hamilton Mourão.

No ano passado, no dia da efeméride, Bolsonaro publicou vídeo em uma rede social no qual aparecia estourando um rojão em frente ao Ministério da Defesa, acompanhado de uma faixa que agradecia os militares por não terem permitido que o Brasil se transformasse em Cuba. "O 7 de Setembro nos deu a independência e o 31 de Março, a liberdade", dizia a faixa.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Luto Há 20 Horas

Morre o cantor Agnaldo Rayol, aos 86 anos

esporte Peru Há 22 Horas

Tragédia no Peru: relâmpago mata jogador e fere quatro durante jogo

mundo Loteria Há 22 Horas

Homem fica milionário depois de se esquecer do almoço em casa: "Surpreso"

fama Televisão Há 21 Horas

'Pensava que ia me aposentar lá', diz Cléber Machado sobre demissão da Globo

politica Tensão Há 23 Horas

Marçal manda Bolsonaro 'cuidar da vida' e diz que o 'pau vai quebrar' se críticas continuarem

lifestyle Alívio Há 22 Horas

Três chás que evitam gases e melhoram a digestão

fama Luto Há 23 Horas

Morre o lendário produtor musical Quincy Jones, aos 91 anos

fama Saúde Há 22 Horas

James van der Beek, de 'Dawson's Creek', afirma estar com câncer colorretal

tech WhatsApp Há 23 Horas

WhatsApp recebe novidade que vai mudar forma como usa o aplicativo

mundo Catástrofe Há 21 Horas

Sobe para 10 o número de mortos após erupção de vulcão na Indonésia