© Carlos Barria/Reuters
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira (29) que fechará a fronteira com o México na próxima semana se "toda imigração ilegal" não for finalizada. "Se o México não parar imediatamente toda a imigração ilegal que chega aos Estados Unidos por meio do sul da fronteira eu irei fechar a fronteira ou grandes seções dela na próxima semana", escreveu o republicano em sua conta no Twitter. Em uma série de publicações, Trump acusou o governo mexicano de não fazer nada para impedir a chegada de caravanas de imigrantes da América Central aos Estados Unidos.
"Isso [impedir que imigrantes cruzem a fronteira] seria tão fácil para o México fazer, mas eles só pegam nosso dinheiro e 'conversam'", acrescentou.
Trump afirmou que seu governo perde muito dinheiro com os mexicanos, principalmente em decorrência do tráfico de drogas. O presidente norte-americano ainda ressaltou que as leis de imigração do país "são as mais fracas do mundo" e, que, justamente por isso, o Congresso precisa alterá-las. Por sua vez, o secretário de Relações Exteriores do México, Marcelo Ebrard, rebateu o magnata e disse que o governo mexicano "não age com base em ameaças".
"Somos um grande vizinho. Quem melhor pode dizer são os 1,5 milhão de americanos que escolheram o nosso país como lar, a maior comunidade dos EUA fora da União Europeia. Para eles nós também somos o melhor vizinho que poderiam ter", respondeu em sua conta no Twitter.
Muro
No último dia 26 de março, o chefe interino do Pentágono, Patrick Shanahan, autorizou o desbloqueio de US$1 bilhão para a construção de um trecho do muro na fronteira entre os Estados Unidos e o México. A quantia foi a primeira liberada desde que Trump declarou emergência nacional, em 15 de fevereiro, para conseguir remanejar os recursos federais e garantir os fundos necessários para a construção do polêmico muro, já que os democratas, no controle da Câmara, rejeitaram financiar a obra. O custo total da principal proposta defendida por Trump durante sua campanha eleitoral é avaliado em dezenas de bilhões de dólares. (ANSA)