Caso Daniel: audiência teve choro e acusação de 'fake news'

Depoimentos continuam nesta terça-feira (2)

© Divulgação / Coritiba

Justiça Depoimento 02/04/19 POR Notícias Ao Minuto

Os acusados de matar o jogador Daniel, o réu confesso Edison Brittes Júnior, conhecido como Juninho Riqueza, e outros seis, voltam ao Fórum de São José dos Pinhais nesta terça-feira (2), onde testemunhas devem ser ouvidas a partir das 9h. O depoimento dessa segunda-feira (1º) foi marcado por choros dos réus.

PUB

Seis pessoas estão presas pela morte de Daniel: a família Brittes (o casal Edison e Cristiana, e a filha Allana), David Vollero, Ygor King e Eduardo Henrique da Silva. A sétima ré, Evellyn Perusso, responde em liberdade por falso testemunho.

Na audiência dessa segunda-feira (1º), os sete réus, advogados e promotoria ouviram as primeiras 25 testemunhas de defesa por quase 8 horas. Amigos, familiares e conhecidos dos acusados detalharam sua relação com eles e dois policiais militares explicaram como acharam o corpo do jogador.

Na avaliação do advogado da família de Daniel, Nilton Ribeiro, as testemunhas que depuseram nessa segunda tentaram "melhorar a situação" dos acusados. "São testemunhas que tentam, se é que é possível, com todo respeito, melhorar a situação da família Brittes perante a imprensa e sociedade. A acusação não vai se intrometer, nos preocupamos somente com o processo", afirmou ao 'G1'.

O advogado da família Brittes, Cláudio Dalledone Júnior, não quis comentar o primeiro dia de audiência.

+ Polícia investiga se PM vendia armas por aplicativo

Depoimentos

O primeiro depoimento do dia foi de Celso Alexandre Pacheco de Quevedo, o dono da moto usado por Juninho. Quevedo, que cumpre pena por tráfico de drogas, confirmou ser o proprietário do veículo, mas negou conhecer o réu. Segundo ele, a moto estava em uma revendedora e recebeu R$ 45 mil pela venda.

A irmã de Ygor King, Priscila Silva Alves, disse que o irmão estava diferente após o crime. "Vi ele no domingo após o acontecido e se percebia que tinha algo diferente. Ele só chorava, demonstrava estar chocado e abalado", contou, segundo o 'UOL'.

Ygor chorou muito ao ouvir o depoimento da mãe adotiva, Eucleia Pedroso Rebelo. Ela também ficou emocionada ao recordar do dia do crime e deixou a sala pedindo desculpas a Nilton Ribeiro, advogado da família de Daniel.

A mãe de David Vollero, Adriana Moreno Vollero, disse qe conversou com o filho ao saber do assassinato pela TV. "Ele estava abatido e contou o que tinha acontecido. Queria pedir perdão para a mãe do Daniel, e a gente como mãe também está sofrendo muito." Adriana terminou o depoimento pedindo para abraçar o filho. Algemado, David abraçou a mãe.

+ Ouvidoria investiga 11 mortes em confrontos com a PM no fim de semana

O único da família Brittes a falar na audiência foi o irmão mais velho, Michel Ferreira dos Santos. Ele disse estar do lado do irmão, mesmo sabendo ser errado o que aconteceu e acusou a imprensa de publicar "fake news" sobre o caso.

Os policiais militares Alexandre Francisco da Silva e Luís César da Fonseca, os primeiros a chegar no local em que o corpo de Daniel foi deixado, contaram que um homem achou o corpo ao passar pela via e acionou a polícia.

Segundo Fonseca, a vítima estava entre arbustos e "da estrada não era possível ver o corpo. Para visualizar tinha que se aproximar". Para a acusação, os depoimentos dos dois PMs reforçam que houve ocultação de cadáver.

O segurança da boate Shed, Marcelo Guerra, convocado como testemunha de defesa, afirmou que viu Daniel se envolver em uma confusão por causa de uma garota na saída do local, onde foi comemorado o aniversário de 18 anos de Allana Brittes.

Ele contou que a menina tinha reclamado de ser importunada por Daniel. Três amigos dela quase brigaram com o atleta do lado de fora do estabelecimento.

Outra testemunha, o dono do comércio que atendeu Brittes pouco antes do crime, Douglas Silveira, disse que notou o cliente nervoso. "Edison aparentava ter passado a noite em festa por estar arrumado. Estava um pouco nervoso. Parecia incomodado com alguma coisa."

Na manhã de sábado, dia do crime, o gesseiro Vilmar Coniegner passou na casa de Edison Brittes Júnior, para deixar materiais de construção. Ele disse que foi recebido pelo réu na rua e que não notou nenhuma movimentação estranha.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Luto Há 14 Horas

Morre o cantor Agnaldo Rayol, aos 86 anos

esporte Peru Há 17 Horas

Tragédia no Peru: relâmpago mata jogador e fere quatro durante jogo

mundo Loteria Há 17 Horas

Homem fica milionário depois de se esquecer do almoço em casa: "Surpreso"

fama Televisão Há 16 Horas

'Pensava que ia me aposentar lá', diz Cléber Machado sobre demissão da Globo

politica Tensão Há 18 Horas

Marçal manda Bolsonaro 'cuidar da vida' e diz que o 'pau vai quebrar' se críticas continuarem

lifestyle Alívio Há 17 Horas

Três chás que evitam gases e melhoram a digestão

tech WhatsApp Há 17 Horas

WhatsApp recebe novidade que vai mudar forma como usa o aplicativo

fama Saúde Há 17 Horas

James van der Beek, de 'Dawson's Creek', afirma estar com câncer colorretal

fama Luto Há 18 Horas

Morre o lendário produtor musical Quincy Jones, aos 91 anos

mundo Catástrofe Há 16 Horas

Sobe para 10 o número de mortos após erupção de vulcão na Indonésia