© Bruno Cantini / Atlético
O Atlético Mineiro esteve no fundo do poço nesta quarta-feira, no Mineirão, mas conseguiu se manter vivo na Copa Libertadores. Vindo de duas derrotas no Grupo E, foi surpreendido, chegou a estar perdendo por 2 a 0 para o Zamora, mas conseguiu a virada para 3 a 2, com três gols marcados na etapa final, reagindo no torneio continental.
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O triunfo levou o Atlético-MG aos três pontos, em terceiro lugar na chave, atrás do Cerro Porteño, com nove, e do Nacional do Uruguai, que está com seis. O time venezuelano ainda não pontuou. A equipe mineira voltará a jogar pela competição na próxima quarta, quando vai visitar o Cerro, sendo que no mesmo dia o clube uruguaio receberá o Zamora. Antes, no domingo, o Atlético terá o Boa pela frente, no Mineirão, no jogo de volta das semifinais do Campeonato Mineiro - o primeiro terminou 0 a 0.
Nesta quarta-feira, o Atlético enfrentou vários problemas. Sofreu com as atuações ruins dos seus laterais, Guga e Fábio Santos, que falharam nos gols do adversário. E também levou um gol de cabeça de um adversário de apenas 1,65m. E, assim, o clima de apoio no Mineirão se transformou em protestos contra Levir Culpi.
Ainda assim, conseguiu a redenção nos 45 minutos finais, representada por Fábio Santos, que marcou o gol da vitória, de pênalti, em uma reação vista como improvável pelo desempenho ruim do time no primeiro tempo e que foi aberta por um gol de Maicon Bolt, que recentemente conquistou a titularidade do lado do esquerdo do time.
O JOGO - A campanha ruim do Atlético-MG na fase de grupos da Libertadores não desanimou a torcida, que foi em bom número ao Mineirão e empurrou o time ao campo de ataque nos minutos iniciais do duelo, marcados pela intensa pressão, o que incluiu um cabeceio de Luan na trave após falha do Zamora.
Só que o time venezuelano foi muito eficiente e abriu o placar ao aproveitar os espaços no lado direito da defesa atleticana. Aos 17 minutos, Maza avançou, driblou fácil Guga e cruzou para Gallardo, que subiu no meio de dois marcadores e cabeceou para as redes mesmo tendo apenas 1,65m.
O gol do Zamora escancarou um cenário preocupante para o Atlético-MG. Enquanto o Zamora aproveitava os espaços no lado direito da defesa, o time da casa mal conseguia articular jogadas, abusando da ligação direta, parando facilmente na marcação adversária. A exceção praticamente foi uma ação ofensiva que terminou com incrível chance desperdiçada por Ricardo Oliveira numa trama que também envolveu Elias, Cazares e Luan.
E o cenário ficou ainda pior aos 46 minutos, quando Óscar Hernández aproveitou vacilo de Fábio Santos na tentativa de fazer a linha de impedimento, avançou livre e rolou para Paiva fazer 2 a 0, selando um primeiro tempo desastroso para o Atlético-MG.
O início da etapa final parecia ainda pior para o time, tanto que o Zamora quase fez o terceiro gol aos três minutos, quando Réver errou tempo de bola, Victor saiu mal da meta e foi driblado por Paiva, que finalizou para fora. Mas o Atlético-MG conseguiu voltar para o jogo aos cinco minutos, quando Luan, na raça, conseguiu evitar saída da bola e fez cruzamento perfeito para Maicon Bolt, de cabeça, diminuir a desvantagem.
A partir daí, o Atlético-MG dominou completamente o duelo e esteve perto de arrancar o empate em finalizações de fora da área de José Welison, sendo que uma delas acertou a trave. E ele veio aos 26 minutos, após Ricardo Oliveira chutar e a bola desviar em Vinícius, que havia entrado em campo pouco antes, na vaga de Elias, a principal novidade da escalação, mas que deixou o campo vaiado.
Pouco depois, o Zamora teve Oscar Hernández expulso. E não resistiu, com Fábio Santos convertendo pênalti aos 34 minutos, após De La Hoz colocar a mão na bola dentro da grande área, garantindo a sofrida vitória do Atlético, que se recuperou de uma desvantagem de 2 a 0 para seguir vivo na Libertadores.
FICHA TÉCNICA:
ATLÉTICO-MG 3 x 2 ZAMORA
ATLÉTICO-MG - Victor; Guga, Réver, Igor Rabello e Fábio Santos; José Welison (Nathan), Elias (Vinícius) e Cazares; Luan (Jair), Ricardo Oliveira e Maicon Bolt. Técnico: Levir Culpi.
ZAMORA - Joel Grateol; Carlos Castro, Kevin De La Hoz, Mayker González e Ignacio González; Oscar Hernández, Pedro Ramírez (Mena) e Gustavo Rojas (Soto); Maza, Guillermo Paiva e Erickson Gallardo. Técnico: José Alí Canas.
GOLS - Erickson Gallardo, aos 17, Guillermo Paiva, aos 46 minutos do primeiro tempo. Maicon Bolt, aos cinco, Vinicius, aos 26, e Fábio Santos, aos 34 minutos do segundo tempo.
ÁRBITRO - Gery Vargas (Bolívia).
CARTÕES AMARELOS - Réver, Luan e Soto.
CARTÃO VERMELHO - Óscar Hernández.
RENDA - R$ 1.053.290,00.
PÚBLICO - 40.857 torcedores.
LOCAL - Mineirão, em Belo Horizonte (MG)