Governo federal arrecada R$ 450 mi em leilão de portos no Pará

Foram vendidas à iniciativa privada cinco áreas em Belém e uma em Vila do Conde

© Paulo Santos / Reuters

Economia Remate 05/04/19 POR Folhapress

TAÍS HIRATA E IVAN MARTÍNEZ-VARGAS - SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os grupos Raízen, Ipiranga, Ultra e a estatal Petrobras dominaram o leilão de seis terminais portuários no Pará, nesta sexta-feira (5), em São Paulo.

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Foram arrendadas cinco áreas no porto de Belém (PA) e uma no porto de Vila do Conde (PA). Todos os terminais, já construídos, têm como objetivo principal a movimentação de granéis líquidos, principalmente combustíveis.

Ao todo, o governo federal arrecadou R$ 448 milhões com a disputa.

Serão gerados R$ 420 milhões de investimentos nos portos, com contratos que vão de 15 a 25 anos de arrendamento, mas que podem ser renovados até um limite de 70 anos.

No último leilão de portos, realizado no fim de março, as distribuidoras de combustíveis já haviam dominado a disputa. No certame, um consórcio formado por Ipiranga, Raízen e BR (da Petrobras) arrematou as quatro áreas ofertadas, no Espírito Santo e na Paraíba. 

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Calendário Os próximos leilões do setor portuário ainda não têm data definida, mas já estão sendo estruturados.

O governo pretende lançar em abril o edital de mais três terminais, sendo dois deles no Porto de Santos e outro no Porto de Paranaguá, com investimentos de aproximadamente R$ 400 milhões.

O arrendamento de outros terminais ainda estão em análise pelo TCU (Tribunal de Contas da União), como é o caso de terminais no Porto de Suape, ou em fase de estudos, em Santos e Itaqui.

Em relação à privatização de companhias docas, um plano já anunciado pelo governo de Jair Bolsonaro, os prazos são maiores.

A primeira delas deverá ser a Codesa, no Espírito Santo. O BNDES deverá contratar nos próximos meses uma consultoria que fará os estudos de desestatização da empresa.

Em relação a outras companhias docas que poderão passar pelo processo, o secretário Nacional de Portos e Transportes Aquaviários do Ministério da Infraestrutura, Diogo Piloni, diz que já houve "alguma procura de governos estaduais" interessados em entrar no pacote.

No entanto, ele afirma que é preciso "ter pé no chão". A expectativa, segundo o secretário, é que dois ou três companhias sejam incluídas no processo.

 

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