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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, anunciou nesta sexta-feira (5) que o consórcio composto por Flamengo e Fluminense foi o escolhido para administrar o Maracanã pelos próximos 180 dias (seis meses), até outubro de 2019. O prazo que pode se estender por até um ano.
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Os dois clubes vão bancar todas as despesas de manutenção do estádio, e ainda pagar R$ 230 mil mensais ao governo. Enquanto isso, o governo fará uma licitação para determinar quem terá a concessão do Maracanã pelos próximos 35 anos.
"Após um processo transparente, um processo ético, o Maracanã está sendo devolvido ao futebol do Rio de Janeiro. Os vencedores: foi apresentada uma proposta pelo Flamengo e Fluminense que vão administrar o estádio por 180 dias, prorrogáveis por mais 180 dias dias. É o tempo que teremos para fazer nova licitação para parceria público-privada, essa sim por mais 35 anos", afirmou o governador Wilson Witzel, em vídeo nos canais oficiais do governo.
A proposta vencedora prevê que Flamengo e Fluminense vão custear todas as despesas de manutenção do Maracanã. O valor estimado é de R$ 28 milhões por ano nas operações feitas pela Odebrecht.
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Além disso, os dois clubes vão ter de pagar R$ 167 mil mensais para o governo do Rio de Janeiro. Eles têm de repassar 10% da receita líquida da visitação do estádio, com um mínimo R$ 64 mil.
Há ainda uma condição de dar acesso ao estádio para Vasco e Botafogo sem preferência para os dois clubes que compõem o consórcio. Em compensação, Flamengo e Fluminense poderão explorar outras receitas do Maracanã.
O governo anunciou a saída da Odebrecht do Maracanã em março, alegando falta de pagamento de valores devidos ao Estado. Essa retirada vai ocorrer até o dia 18 de abril. Com isso, foi aberto processo de concorrência para a gestão provisória.
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Inicialmente, as regras do governo impediam que clubes assumissem o estádio porque tinha exigências financeiras inviáveis para as agremiações. Essas regras foram modificadas e possibilitaram que o Flamengo e o Fluminense apresentassem uma proposta conjunta, na última quinta-feira.
O Vasco ficou de fora e protestou contra essa iniciativa, alegando que o Flamengo quer mais poder na gestão do estádio. Seu presidente, Alexandre Campello, ameaça ir à Justiça para tentar barrar.