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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Sem conseguir formar uma base aliada para lhe dar sustentação no Congresso, o presidente Jair Bolsonaro reconheceu nesta sexta-feira (5) que não haverá alinhamento automático de partidos ao seu governo e que a negociação terá que ser matéria por matéria.
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"O que tenho ouvido dos partidos é que a cada matéria a ser votada haverá um entendimento. Não haverá nenhum alinhamento automático ao governo federal", disse Bolsonaro.
Ele disse não esperar ter uma base permanente, mas que está otimista com o apoio dos parlamentares à reforma da Previdência.
Um dia após se reunir com presidentes de seis partidos (PP, DEM, PSDB, PRB, MDB e PSD) e não conseguir declaração de apoio de nenhum deles, ele afirmou que não precisa falar de cargos para tocar a nova Previdência no Legislativo.
"Está tendo uma consciência geral que nós somos Poderes independentes. Não precisa falar mais nada. Está sendo uma aceitação enorme. Ninguém fechou questão de que é da base, que vai apoiar, mas a Previdência é quase uma unanimidade com esses partidos que estiveram comigo ontem [na quinta-feira (4)]", afirmou.
Nas próximas terça e quarta-feira (9 e 10), Bolsonaro recebe os presidentes de Novo, SD, Podemos, PR, PSL e Avante.