Desastre é maior que em Brumadinho, diz brasileiro em Moçambique

Os brasileiros chegaram em Moçambique para comandar a operação na região de Búzi, perto da cidade da Beira

© Reuters

Mundo ÁFRICA 06/04/19 POR Agência Brasil

A missão das tropas e bombeiros brasileiros no país africano é bem-vinda para apoiar a muitos que ainda precisam, como defendeu a diretora-geral do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades de Moçambique, Augusta Maíta, ao receber o grupo. “Nós precisamos acessar a parte da nossa população, que não é possível alcançar por via terrestre por via marítima.”O país, o mais afetado pelo ciclone, confirmou 598 mortos. Segundo o embaixador do Brasil em Moçambique, Carlos Alfonso Puente, a operação de socorro ainda deve durar algum tempo. “Neste momento em que eles chegam, é o momento em que algumas das primeiras ajudas já partiram. E há muito o que fazer ainda,” disse.

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+ Setenta pessoas seguem desaparecidas 2 meses após tragédia em BrumadinhoPara o major Wagner da Silva, a experiência trazida de Brumadinho soma muito na atuação no país africano. “Boa parte dos que atuam aqui, na Força Nacional, atua em conjunto com outras agências e órgãos de segurança pública, na ação de recuperação de corpos e assistência no Brasil.”De novo na lamaOs brasileiros chegaram em Moçambique para comandar a operação na região de Búzi, perto da cidade da Beira. A ameaça e os estragos das águas levaram a concentrar especial atenção às operações de salvamento das vítimas nessa vila. “Assim que desembarcamos aqui, pudemos ter uma noção melhor do que realmente estava acontecendo, pois a devastação, aliada à falta de estrutura e saneamento, acaba dificultando as ações de socorro e agravando a situação das vítimas”, conta o major Wagner da Silva.Nas buscas, o momento de encontrar a próxima vítima soterrada é incerto. Para o subtenente Gilmar Viana, o esforço é pouco para beneficiar as comunidades afetadas: “A gente vê uma cidade praticamente devastada devido ao ciclone, mas dentro das possibilidades, como seres humanos que somos, tudo faremos para que o pouco que possamos fazer surta efeito na vida da população”.“Nós tivemos Brumadinho em 2019 e, e combinando com a operação internacional em Moçambique, tudo isso nos proporciona um aproximar de planejamento e a execução, isso tem uma grande diferença porque nos permite nos adaptarmos mais rapidamente ao evento, à situação e à necessidade,” disse o sargento Michel Santana.* Com informações da ONU News

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