Governo quer que TCU julgue contas da Caixa no governo FHC

O Advogado-Geral da União, ministro Luís Inácio Adams, informou nesta sexta-feira, 17, que o governo vai cobrar do Tribunal de Contas da União (TCU) o julgamento das contas da Caixa Econômica Federal nos anos de 2001 e 2002 - período do governo Fernando Henrique Cardoso.

© Reuters

Economia CGU 17/04/15 POR Estadao Conteudo

Nesse período, também houve atrasos nos repasses do Tesouro Nacional. Para o governo, desde 2001 há a mesma sistemática de pagamentos que está sendo questionada agora pelo TCU.

PUB

"Que não se queira topicamente num ano considerar como ilegal uma sistemática que já existe", disse. "É um verdadeiro absurdo", criticou ele.

Adams disse que, se o TCU considerar necessário, o governo está aberto a mudanças na sistemática de repasses dos recursos do Tesouro aos bancos públicos para o pagamento de benefícios sociais, como Bolsa Família e seguro-desemprego. "Mas que seja daqui para frente", defendeu.

Adams reforçou o discurso do governo de que o processo no TCU é inicial. "O processo não foi concluído. Não foi submetido ao contraditório. Não há elementos que justifiquem conclusão", afirmou, destacando que no embargo que será apresentado ainda nesta sexta-feira ao TCU haverá o pedido para o julgamento das contas da Caixa.

O ministro informou, sem citar nomes, que o "banco" tem recorrente saldo positivo nas contas para o pagamento desses repasses. Ele destacou que a administração não se apropria do banco para fazer esses pagamentos. "O contrato não obriga a fazer esse pagamento", disse, destacando que essa sistemática de pagamentos não é ilegal.

Banco Central

O procurador-geral do Banco Central, Isaac Sidney Menezes Ferreira, afirmou ter a convicção jurídica de que não se trata de operação de crédito o atraso de repasses do Tesouro Nacional para os bancos públicos para o pagamento de benefícios sociais.

"Se não há operação de crédito, não há de se falar em ofensa à Lei de Responsabilidade Fiscal", disse o procurador, que foi convocado pelo governo para participar da entrevista sobre a decisão do TCU em relação às chamadas "pedaladas fiscais", como foram batizados os atrasos nesses repasses praticados pela equipe econômica da presidente Dilma Rousseff.

O procurador disse que esse é o parecer do BC, instituição responsável pela regulação e supervisão dos bancos. O entendimento da autoridade monetária é que esses contratos são operações de prestação de serviços e não operação de crédito.

Segundo ele, os contratos são genuinamente de prestação de serviços bancários. "O poder público de forma periódica faz esses repasses, ora os saldos ficam positivos e ora negativos", disse.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Emergência Médica Há 9 Horas

Atriz Lisandra Silva é hospitalizada após uso de Ozempic

mundo Eleições Há 8 Horas

EUA: Centro de referência em projeções vê vitória de Kamala

fama Luto Há 10 Horas

Fãs e familiares se despedem de Agnaldo Rayol em velório na Alesp

fama Política Há 13 Horas

Jojo Todynho se revolta com boicote por ser de direita: 'Sou o que quiser'

mundo Estados Unidos Há 15 Horas

Kamala e Trump travam o que pode ser o embate mais acirrado da história dos EUA

politica Justiça Há 14 Horas

Moraes manda Fátima de Tubarão cumprir pena por atos de 8 de janeiro

fama Estados Unidos Há 16 Horas

Rihanna encoraja americanos a irem às urnas: 'Votem, porque eu não posso'

esporte Futebol Há 13 Horas

Flamengo: Bruno Henrique é investigado por suposto esquema de apostas

tech Rede social Há 16 Horas

O X lança uma das suas alterações mais controversas

lifestyle Alimentação Há 14 Horas

Cuidado com as aparências: estes alimentos estão te fazendo engordar