Crivella e Witzel querem privatizar sambódromo do Rio

Witzel disse que já existe uma empresa interessada em administrar o local

© Michel Filho/Prefeitura do Rio

Brasil Privatização 27/06/19 POR Estadao Conteudo

Construído em 1983 pelo governo do Estado do Rio e atualmente administrado pela prefeitura, o sambódromo do Rio pode ser privatizado, segundo afirmaram nesta quarta-feira, 26, o governador Wilson Witzel (PSC) e o prefeito Marcelo Crivella (PRB).

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As duas autoridades almoçaram juntas, no Palácio Guanabara, sede do governo do Estado, em Laranjeiras (zona sul), e atenderam a imprensa depois.

Witzel, que em março disse ter interesse em receber de volta da prefeitura o espaço onde as escolas de samba desfilam, mudou de ideia: "Chegamos a um acordo de que o sambódromo precisa ir para a iniciativa privada. O Estado tem interesse de que isso aconteça", disse Witzel.

Segundo ele, já existe uma empresa interessada em administrar o local. "O município não consegue suportar isso. Eu sei que há uma empresa que fez uma proposta para a Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba do Rio), então o carnaval será privatizado, virá dos recursos privados, já que nós vivemos uma crise muito grande", afirmou o governador.

Crivella, que estava ao lado do governador, acenou positivamente com a cabeça, em sinal de concordância. Em março, após saber do interesse do governador, o prefeito disse que devolveria o sambódromo se também pudesse devolver ao Estado os hospitais Pedro II, Rocha Faria e Alberto Schweitzer, que eram comandados pelo Estado e foram municipalizados (o primeiro em 2010 e os demais em 2016). Na ocasião, a Riotur (Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro) afirmou ter um projeto de revitalização do espaço.

Sobre os três hospitais, Witzel afirmou, após o almoço desta quarta-feira, que o Estado dará R$ 6 milhões mensais para a prefeitura usar nessas unidades de saúde.

Fórmula 1

Sobre a corrida de Fórmula 1, que será realizada em São Paulo até 2020 e poderia voltar a ser sediada no Rio a partir daí, Crivella e Witzel defenderam a corrida no Rio, mas negaram querer tirar o evento de São Paulo. Para eles, o Brasil poderia sediar dois grandes prêmios. "Queremos dois grandes prêmios no Brasil. Nunca defendi tirar a Fórmula 1 de São Paulo. Acho que pode ter dois prêmios de Fórmula 1 no Brasil. Depende de a F-1 ter interesse", disse Witzel, que criticou o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), por ter dito na terça-feira, 25, que só se chega a Deodoro (bairro da zona oeste do Rio onde seria construído um novo autódromo, para sediar a F-1) "a cavalo". " Falar que só se chega a Deodoro a cavalo é de uma ignorância de alguém que olha para o próprio umbigo", criticou o governador.

Crivella ironizou a crítica de Doria: "Quando Doria falou em cavalos, referiu-se aos cavalos dos motores dos carros da Fórmula 1 que vão correr em Deodoro".

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