© Reprodução / Facebook
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A repórter Larrison Campbell, do Mississippi Today, foi impedida de cobrir uma viagem da campanha eleitoral de Robert Foster por não aceitar a condição imposta pelo candidato: que ela fosse acompanhada por um colega -e tinha que ser um homem.
PUB
O republicano, que concorre ao cargo de governador do estado do Mississipi, alegou que a decisão foi tomada em respeito à esposa dele. Segundo Foster, a presença de uma repórter sem um acompanhante poderia levantar suspeitas de um caso extraconjugal.
A jornalista relata que o diretor da campanha de Foster, Colton Robison, argumentou que um colega do gênero masculino precisaria acompanhá-la para evitar rumores do candidato com a repórter.
Ela afirmou em matéria do Mississippi Today que considerou o pedido sexista. "A única razão para você achar que as pessoas vão pensar que eu estou tendo uma relação imprópria com o seu candidato é porque sou uma mulher", declarou.
Ela aponta que a solicitação da equipe de Foster é desnecessária levando em conta sua experiência profissional em cobertura política. O diretor da campanha declarou que isso era algo que "não poderiam arriscar", já que é comum que outros candidatos contratem pessoas para seguirem a campanha de seus rivais e gravarem os candidatos em busca de situações comprometedoras.
A jornalista ainda conta que sugeriu utilizar um crachá de identificação do jornal em todos os momentos da viagem, mas o diretor de campanha negou novamente e insistiu na condição de que houvesse um repórter com ela.