Meteorologia

  • 26 NOVEMBRO 2024
Tempo
--º
MIN --º MÁX --º

Edição

"Agora tenho medo de sair sozinha de branco", diz menina apedrejada

A menina disse que se os agressores forem presos, ela não aceitará eventuais desculpas. "O que eles fizeram foi inaceitável", declarou

"Agora tenho medo de sair sozinha de branco", diz menina apedrejada
Notícias ao Minuto Brasil

17:28 - 17/06/15 por Notícias Ao Minuto

Brasil Rio de Janeiro

No último domingo (14), uma menina de 11 anos praticante do candomblé, foi apedrejada por intolerância religiosa, logo

depois de deixar um culto na Vila da Penha, no

Rio de Janeiro.

Após a agressão e a repercussão do caso, a menina disse que teme sair sozinha na rua vestida de branco (cor das roupas utilizadas por candomblecistas), mas que no entanto, o que aconteceu não mudará a sua devoção à religião. "Minha fé vai continuar sendo a mesma", declarou.

Segundo o site UOL, a vítima fez exame de corpo de delito no IML (Instituto Médio Legal) na manhã desta quarta-feira (17) e

foi até o Centro de Promoção da Liberdade Religiosa e Direitos Humanos, do Governo do Estado, para receber atendimento de psicólogos, assistentes sociais e advogados. A menina e sua avó, Kátia Marinho,

serão recebidas à tarde na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio) pelo deputado estadual Marcelo Freixo (Psol), que acompanha o caso.

A menina contou que agora esta mais tranquila e sobre os agressores --dois homens, ainda não identificados-- disse que se eles forem presos, ela não aceitará eventuais desculpas. "O que eles fizeram foi inaceitável", declarou.

Ainda, segundo reportagem do site UOL, no momento da agressão, a menina estava acompanhada da mãe, da avó, da irmã, e outra adepta do candomblé, e cantando um pagode cuja letra citava "Deus". "Eles começaram a gritar que a gente não era de Deus, que o sangue de Deus é mais forte. A gente ignorou, para não da ibope. Depois, só senti o impacto", contou. Com a pedrada, a jovem chegou a desmaiar e perder momentaneamente a memória.

A avó da menina está liderando uma campanha nas redes sociais contra a intolerância religiosa. A família quer fazer da agressão um símbolo na luta contra o preconceito e irá promover uma passeata, no domingo (21),

na Vila da Penha, às 10h.

Campo obrigatório