O deputado estadual, Pastor Edson Praczyk (PRB-PR), acusado de trocar benção de documentos por funcionários fantasmas, foi à tribuna da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), nesta segunda-feira (10), para se defender mas também para atacar de forma machista a jornalista Paola Manfroi, da RPC TV, afiliada da Rede Globo no Paraná, segundo o Brasil Post.

Ao falar do bloqueio de R$ 308 mil de suas contas bancárias, por determinação da justiça, o deputado disparou seu descontentamento pelo fato de a jornalista ter tido acesso aos documentos. Segundo Praczyk, nem mesmo ele tinha tido acesso aos documentos. “O que essa jornalista 'deu' para conseguir essas informações privilegiadas? Como que conseguiu isso? Se nem eu sabia que tinham embargado, bloqueado minha conta bancária? Como pode?”, atacou o parlamentar.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (Sindijor-PR) divulgou nota de repúdio às palavras do deputado, que configurariam “quebra de decoro”, principalmente pelo fato de o parlamentar ser o presidente do Conselho de Ética da Casa.

O caso, denunciado em maio pela RPC TV, revela que o assessor e chefe de gabinete do deputado, Luiz Alberto de Lima, pediu os documentos da dona de casa Rosimere de Amorim para uma ‘noite de bençãos’. Pouco tempo depois, ela foi nomeada mais de uma vez por Praczyk e jamais apareceu para trabalhar na Alep. A dona de casa alega nunca ter ido trabalhar e desconhecer o deputado. A reportagem denuncia, ainda, que Praczyk e Lima teriam dividido entre si pouco mais de R$ 34 mil dos salários desviados.