Duas maiores favelas do Rio registram primeiras mortes
Rocinha e Manguinhos confirmaram as primeiras mortes devido à pandemia provocada pelo novo coronavírus.
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Brasil Favelas
As favelas da Rocinha e Manguinhos confirmaram hoje as primeiras mortes devido à pandemia provocada pelo novo coronavírus.
A informação foi divulgada pela Secretaria de Saúde do estado do Rio de Janeiro, que confirmou cinco mortes na Rocinha e três mortes em Manguinhos.
As favelas são pontos críticos para disseminação dos vírus que atacam o sistema respiratório, já que geralmente são locais onde casas são construídas umas ao lado das outras em vielas com pouco espaço para ventilação e entrada de luz solar.
Para se ter uma ideia dos riscos, dados de 2015 sobre a Rocinha indicam que a favela registrou 372 casos por 100 mil habitantes, uma média de casos de tuberculose 11 vezes maior do que a média do país.
Um painel digital de monitoramento de casos organizado pelo governo carioca indicou que o estado confirmou 89 mortes e 1.688 casos de infecção pelo novo coronavírus, até terça-feira.
Ao todo, o Brasil tem 667 vítimas mortais e 13.717 casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus, segundo os últimos dados divulgados pelo Ministério da Saúde.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infectou mais de 1,4 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 82 mil.
Dos casos de infecção, cerca de 260 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com mais de 750 mil infectados e mais de 58 mil mortos, é aquele onde se registra o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, contabilizando 17.127 óbitos em 135.586 casos confirmados até terça-feira.