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Covid-19 fez 118 mortes por dia na última semana em SP

Entre 27 de março e 4 de abril, a média era de 31 mortes e 403 casos por dia

Covid-19 fez 118 mortes por dia na última semana em SP
Notícias ao Minuto Brasil

06:41 - 05/05/20 por Folhapress

Brasil Sem controle

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A corrida contra o tempo para fixar a taxa de isolamento social em São Paulo pelo menos perto de 60% tem como meta impedir o aumento no número de casos e mortes por Covid-19.

Neste domingo, a taxa de distanciamento social ficou em 59% no estado e 58% na Grande São Paulo.

Em um mês, houve aumento de 280% nos óbitos. Até às 15h horas desta segunda-feira, o estado confirmou 2.654 mortes -média de 118 por dia na última semana- e 32.187 casos -1.498 diários no mesmo período.

Veja também: Pesquisadores mapeiam população já infectada pela Covid na capital

Entre 27 de março e 4 de abril, a média era de 31 mortes e 403 casos por dia.

Se comparados o avanço dos números em 24 horas, São Paulo registrou no período 27 mortes e 415 casos, menos que a média diária das últimas semanas -neste domingo foram confirmados 31.772 casos e 2.627 mortes.

Dos mortos em decorrência da Covid no estado, 1.556 são homens e 1.09,8 mulheres. Os óbitos continuam concentrados em pacientes com 60 anos ou mais (73,6%).

A mortalidade ainda é maior entre 70 e 79 anos, seguida por 60-69 anos e 80-89. Em 81,1% dos mortos por covid-19 foi identificado algum fator de risco.

As cardiopatias ainda são a maioria, com 60,1% dos óbitos, seguida por diabetes (43,5%), doença renal (11,6%), doença neurológica (11,4%) e as doenças pulmonares (10,7%).Interior, litoral e Grande São Paulo concentram 971 mortes e 12.114 casos da doença. Em 153 cidades há pelo menos um óbito e em 334 casos confirmados.

Atualmente, 9.065 pacientes estão internados em leitos de UTIs e enfermarias no estado, 500 a mais que neste domingo.

A taxa de ocupação dos leitos desses leitos está em 88,8% na Grande SP e 67,9% no estado.

A lei 17.340, que elenca medidas de combate ao coronavírus na cidade de São Paulo, foi publicada no Diário Oficial na sexta-feira (1). A regulamentação será publicada em Diário Oficial desta quarta-feira (6).

Entre os pontos do projeto, está a possibilidade de requisição de leitos de UTI da rede privada. A prefeitura fez um levantamento do número de leitos privados. Segundo Covas, há 247 hospitais privados na cidade de São Paulo.

"Destes, temos 140 hospitais que têm ao total 255 leitos. Temos 107 destes 247 que têm ao total 3.970 leitos. São com esses hospitais que temos priorizados a conversa. Com dois deles já assinamos contrato para disponibilizarem leitos de UTI para a regulação municipal -Hospital da Cruz Vermelha Brasileira e Unisa".

O projeto também estabelece, entre outros pontos, a autorização para utilização de telemedicina na rede municipal de São Paulo; a possibilidade de hospedagem em hotéis para profissionais de saúde, moradores em situação de rua acima de 60 anos e mulheres vítimas de violência doméstica; a normatização e distribuição de EPIs (máscaras e álcool gel) para funcionários do comércio, de serviços e autônomos do cuidado de idosos em casas de repouso; horário específico para atendimento de idosos em bancos, padarias, farmácias e supermercados.

A lei prevê também a criação do Selo Empresa Parceira da Cidade de são Paulo, destinado às empresas que estão auxiliando com doações, e a prorrogação de prazos de licença de concursos.A capital paulista registrou até esta segunda-feira 20.848 casos confirmados de Covid-19 e 82.579 suspeitos. Em relação aos óbitos, até dia 3 de maio, houve 1.775; outros 2.142 permanecem como suspeitos. A taxa de ocupação de leitos de UTI é de 82%.

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