Policia prende 50 pessoas por tráfico, roubos e assassinatos em SC
O juiz Canali destacou a constatação de que a atuação do grupo é sustentada pelo tráfico de drogas, com informações de que endereços residenciais eram utilizados para esconder entorpecentes e armas pertencentes à facção
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Brasil Tráfico
A Polícia Civil de Santa Catarina prendeu 50 pessoas e apreendeu R$ 1,1 milhão em dinheiro vivo em uma operação realizada nesta quinta, 25, e sexta-feira, 26. Intitulada Operação Network, a ação teve mandados de prisão e de busca e apreensão expedidos pelo juiz Elleston Lissandro Canali, da Vara Criminal da Região Metropolitana de Florianópolis. A quebra de sigilo de dados dos investigados e o compartilhamento de provas também foram deferidos. De acordo com os autos, os investigados integram uma organização criminosa dedicada ao tráfico de drogas, roubos e homicídios.
Segundo a Justiça de Santa Catarina, na decisão em que decretou a prisão temporária de 83 suspeitos e buscas em 57 imóveis, o juiz Canali destacou a constatação de que a atuação do grupo é sustentada pelo tráfico de drogas, com informações de que endereços residenciais eram utilizados para esconder entorpecentes e armas pertencentes à facção. Conforme a representação da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado, imagens do circuito interno de segurança mostraram um indivíduo, que seria integrante da mesma organização, deixando uma mala e caixas no local onde os valores foram encontrados. Interceptações telefônicas permitiram que a polícia avançasse nas investigações.
"Ao que tudo indica, os representados estão amplamente envolvidos em tal contexto criminoso, circunstância que só poderá ser mais bem esclarecida se deferida a medida pleiteada, justificando o expediente excepcional em viabilização direta da investigação criminal, a qual não tem outra função senão a tutela da ordem pública, já tão maculada pela reiterada e disseminada prática da comercialização de substâncias entorpecentes", escreveu o magistrado no despacho que decretou as prisões.
De acordo com informações da justiça catarinense, as prisões temporárias, cumpridas nesta quinta-feira, têm prazo de 30 dias, prorrogáveis por mais 30, desde que comprovada a necessidade. Já a ação desta sexta-feira, que resultou na apreensão da quantia milionária em um imóvel de São José, teve origem em um novo mandado de busca, expedido no dia anterior. A investigação está em sigilo por conter informações relacionadas a interceptações telefônicas.