Número de mortes por Covid-19 na Grande SP indica que restrições podem aumentar
Só a cidade já soma 15.155 mortos pela doença desde o começo da pandemia, mas o que o poder público considera na hora de definir as restrições é o avanço do vírus nas últimas duas semanas
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Brasil CORONAVÍRUS-SP
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O número de novas mortes por Covid-19 na Grande São Paulo chegou nesta quinta-feira (17) em uma taxa que equivale a mais restrições para conter o avanço do novo coronavírus.
Só a cidade já soma 15.155 mortos pela doença desde o começo da pandemia, mas o que o poder público considera na hora de definir as restrições é o avanço do vírus nas últimas duas semanas.
O estado de São Paulo define as regras de funcionamento de comércios, bares, restaurantes, escritórios e outros serviços no chamado Plano São Paulo, conjunto de regras que divide o avanço da pandemia em quatro níveis.
São eles: vermelho (mais restrito, em que todos os comércios não essenciais devem fechar), laranja (algumas atividades podem funcionar com capacidade limitada a 20%, mas o consumo local em bares é proibido, por exemplo), amarela (funcionamento da maior parte das atividades com capacidade de 40%) e verde (menos restrita).
Hoje, todo o estado está na fase amarela da doença. A região metropolitana chegou a ser classificada na fase verde, mas regrediu, com o avanço de novos casos e internações, e agora está na fase amarela.
Números da prefeitura desta quinta, no entanto, indicam que, consideradas apenas as mortes pela doença, a região tem indicadores para estar na fase laranja.
A taxa de mortes na região metropolitana de São Paulo nas últimas duas semanas chegou a 5,42 óbitos por 100 mil habitantes. Isso já colocaria a região na fase laranja, mais restrita do que a atual, que estabelece uma taxa de 5 mortes por 100 mil habitantes como recorte.
Além disso, a razão entre o número de mortes na região na última semana e o número da semana anterior chegou a 1,12, ou seja, houve um aumento nas mortes entre uma semana e outra. Para ir para a fase laranja, esse número precisa estar entre 1 e 2.
Se a região estivesse hoje na fase laranja, bares e restaurantes teriam que fechar novamente para o público e só poderiam atender em esquema de entrega e retirada e salões de beleza, barbearias e academias precisariam fechar, assim como cinemas.
Esses são os indicadores da região metropolitana. Se considerados apenas os indicadores da cidade de São Paulo, a taxa de mortes por 100 mil habitantes nas últimas duas semanas fica em 4,83, o que colocaria a cidade na fase verde.
Por outro lado, a razão entre os mortos da última semana e da semana anterior na capital paulista é de 1,15, isso significa que o número de mortes aumenta em um ritmo mais acelerado do que o da Grande São Paulo.
O que mantém a região metropolitana na fase amarela da doença, e não na laranja, é a ocupação de leitos de UTI (hoje em 67,1%, equivalente à fase verde), e a evolução de novos casos e novas internações.
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A preocupação de especialistas é que esses números aumentem nas próximas semanas com as festas de Natal e Réveillon neste fim de ano. Por isso, a recomendação é não se aglomerar, evitar reuniões com pessoas que não vivam na mesma casa e sempre usar máscara.
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