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Estado de SP passará Natal e Ano-Novo na fase vermelha contra Covid, só com serviços essenciais; veja quais

A decisão de retroceder todas as regiões do estado foi anunciada nesta terça (22)

Estado de SP passará Natal e Ano-Novo na fase vermelha contra Covid, só com serviços essenciais; veja quais
Notícias ao Minuto Brasil

05:50 - 23/12/20 por Folhapress

Brasil CORONAVÍRUS-SP

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Todo o estado de São Paulo irá regredir para a fase vermelha, a mais restritiva do plano de contenção da pandemia do novo coronavírus, durante os feriados de Natal e do Ano-Novo.

A decisão de retroceder todas as regiões do estado foi anunciada nesta terça (22). Todas as regiões ficarão nesta fase durante os dias 25, 26 e 27 de dezembro e 1, 2 e 3 de janeiro.

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O governo teme um descontrole da pandemia após as festas de fim de ano, já que nas últimas quatro semanas São Paulo registrou um salto de 54% do número de casos e de 34% nos óbitos.

Na fase vermelha, é permitido o funcionamento apenas de atividades consideradas essenciais, como serviços de saúde e supermercados.

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VEJA O QUE FECHA NA FASE VERMELHA

Shopping centers, galerias e estabelecimentos congêneres
Comércio
Serviços em geral
Bares, restaurantes e similares
Salões de beleza e barbearias
Academias e centros de ginástica
Eventos, convenções e atividades culturais, como cinemas e teatros
Concessionárias

SEGUEM FUNCIONANDO, MEDIANTE PROTOCOLOS DE HIGIENE E DISTANCIMENTO

Atividades religiosas, como missas e cultos
Supermercados, padarias e açougues
Serviços de saúde, inclusive farmácias e clínicas, além de hospitais
Transportadoras, oficinas de automóveis e motos, postos de gasolina
Serviços de transporte público
Bancos
Pet shops

"Entre o Natal e Ano Novo não estamos em um período de festas. As medidas que decidimos adotar trazem esse simbolismo, não é momento de aglomeração, de festas", disse Patrícia Ellen, secretária de Desenvolvimento Econômico.

As restrições foram anunciadas sem a presença do governador João Doria (PSDB), que iniciou nesta terça um recesso de 10 dias.

O índice de pessoas que se diz em quarentena caiu, neste mês, ao menor nível desde o início das medidas para conter a pandemia, em março. No sábado (19), dados das companhias de telefonia móvel mostraram que a taxa de isolamento no estado foi de 40%. O patamar considerado razoável pelo governo é acima de 50%.

Desde de 30 de novembro, todo o estado está na fase amarela, a intermediária entre as cinco, após ter passado 45 dias na fase verde, que permite todas as atividades desde que cumpridos protocolos de higiene, distanciamento social e pequena restrição de horários.

"As medidas que estamos tomando são duras, mas necessárias porque não podemos correr o risco de em 2 semanas chegar ao patamar que os países europeus estão hoje. Precisamos evitar o colapso no atendimento médico", disse João Gabbardo, secretário-executivo do comitê de contenção do coronavírus de São Paulo.

Uma das principais preocupações do governo é com o rápido aumento de internações, especialmente depois de parte dos leitos reservados para casos de Covid-19 ter sido desmobilizada com o decréscimo de casos.

A região de Presidente Prudente foi reclassificada extraordinariamente para a fase vermelha a partir desta terça depois de atingir 83,1% de ocupação dos leitos de UTI. É a única localidade do estado que ultrapassou a marca de 80% de leitos ocupados, por isso, a regressão.

Outra região que preocupa o governo do estado é a da Grande São Paulo, que está com ocupação de 67%. Em todo o estado, a taxa é de 61,9%. ​

Também há preocupação com as regiões de Sorocaba e Registro por conta do aumento de internações em UTI.

Segundo Gabbardo, apesar do esforço e da capacidade do governo em reabrir novos leitos de UTI e enfermaria, atualmente a principal dificuldade para o atendimento médico é a indisponibilidade de profissionais da área da saúde.

"As pessoas perguntam porque não reabrir leitos em hospitais de campanha. Talvez a gente tivesse dificuldade em encontrar profissionais para trabalhar nesses hospitais. A situação agora é diferente do início da pandemia."

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