Entenda o cronograma da fabricação das vacinas contra a Covid-19 no Brasil
O acordo da Fiocruz, bancado pelo governo federal, prevê que os lotes de matéria-prima cheguem ao país a cada duas semanas.
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Brasil CORONAVÍRUS-VACINA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A aguardada chegada do IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) vindo da China para a produção das vacinas Coronavac, desenvolvida pela chinesa Sinovac e fabricada no Brasil pelo Instituto Butantan, e Covishield, criada pela parceria Universidade de Oxford/AstraZeneca e fabricada no país pela Fiocruz, deve permitir a manutenção da campanha de vacinação sem interrupções pelos próximos meses.
Pelo menos 30 milhões de doses dessas duas vacinas devem ser fabricadas no país nas próximas semanas. Ainda no primeiro trimestre, o consórcio internacional Covax prevê que o Brasil receba mais 1,6 milhão de doses da vacina da Oxford/AstraZeneca já prontas.
Nesta quarta-feira (3) deve chegar ao país uma remessa com 5,4 mil litros de IFA da Coronavac, suficientes para que o Butantan, ligado ao governo do estado de São Paulo, fabrique 8,6 milhões de doses do imunizante. No dia 10 de fevereiro, está prevista a entrega de um outro lote, com 5,6 mil litros da matéria-prima, que vai permitir a produção de mais 8,7 milhões de unidades da vacina.
Com essas entregas, o instituto deve iniciar o envio de 600 mil doses prontas por dia ao Ministério da Saúde a partir do dia 23 de fevereiro, informou o diretor do Butantan, Dimas Covas, durante coletiva de imprensa realizada nesta quarta (3). Além das 6 milhões de doses já entregue ao Ministério da Saúde, a pasta confirmou uma compra de mais 54 milhões de unidades da Coronavac.
A Fiocruz diz que o cronograma da fabricação brasileira da Covishield ser alterado após o atraso na chegada do IFA vindo da China. A primeira remessa de um total de 14 envios está prevista para chegar ao país entre os dias 8 e 12 de fevereiro. Inicialmente, o cronograma da Fiocruz previa a entrega das primeiras vacinas produzidas no país ao Ministério da Saúde entre os dias 8 e 16 de fevereiro – a chegada do insumo era esperada para meados de janeiro, o que não aconteceu.
O acordo da Fiocruz, bancado pelo governo federal, prevê que os lotes de matéria-prima cheguem ao país a cada duas semanas. Cada remessa deve trazer insumo suficiente para a fabricação de 7,5 milhões de doses da vacina até que um total de 100,4 milhões de unidades possam ser fabricadas no país.