Volta às aulas em SP tem distanciamento, menos alunos na escola e álcool em gel
Essas, além de várias outras medidas de biossegurança, fazem parte do protocolo que eles devem seguir para atender o "novo normal" nas escolas.
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Brasil Volta às aulas
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Antes mesmo de entrar no prédio na manhã desta segunda-feira (8), os alunos da Escola Estadual Professor Raul Antônio Fragoso, em Pirituba, na zona oeste da cidade de São Paulo, tiveram que passar álcool em gel nas mãos e estender o braço para que a temperatura corporal fosse medida.
Em seguida, foram distribuídas três máscaras para cada um deles. Na porta da sala de aula, antes de entrar e se sentar, foram orientados a escolher as carteiras sem os avisos que delimitavam o distanciamento que eles deveriam obedecer.
Ao fazer fila no pátio para o intervalo, os alunos tentaram colocar a mão no ombro do coleguinha da frente. Além de não conseguirem devido ao espaçamento, também foram advertidos pelos professores. Perto dali, na quadra poliesportiva, outra turma fazia atividades ao ar livre, cada um no "seu quadrado".
Essas, além de várias outras medidas de biossegurança, fazem parte do protocolo que eles devem seguir para atender o "novo normal" nas escolas enquanto perdurar a pandemia que inclui, por enquanto, o limite é de 35% de estudantes. Na prática, entretanto, esse número ficou menor.
"Os casos de pais dos alunos que optaram por deixar seus filhos vierem incluem desde crianças ou adultos com comorbidades, até aqueles estudantes que são criadas pelos avós", afirma o diretor.
Essas, além de várias outras medidas de biossegurança, fazem parte do protocolo que eles devem seguir para atender o "novo normal" nas escolas enquanto perdurar a pandemia que inclui, por enquanto, o limite é de 35% de estudantes.
Na prática, entretanto, esse número ficou menor. No caso da escola Raul Antônio Fragoso, dos 421 matriculados, pais de 323 optaram pelo ensino presencial em forma de rodízio (76% do total), segundo disse o diretor da unidade, Fernando Teruel. Destes, 121 compareceram hoje (28,7% do total geral), no primeiro dia do ano letivo na rede estadual paulista.
"Os casos de pais dos alunos que optaram por deixar seus filhos virem às aulas incluem desde crianças ou adultos com comorbidades na família, até aqueles estudantes que são criadas pelos avós", afirma o diretor.
O primeiro dia de aula na escola de Pirituba contou com a presença do secretário estadual de Educação, Rossieli Soares. Segundo ele, 4.500 escolas, o equivalente a 85% dos estabelecimentos de ensino, abriram as portas. Dos 3,3 milhões de alunos da rede, 3 milhões (90% do total) estão aptos a voltar.
Essa diferença de 300 mil ocorre porque nem todas as prefeituras do Estado voltaram às aulas. Dos 645 municípios paulitas, as aulas foram retomadas em 516 cidades.
Segundo Rossieli, algumas administrações não estão totalmente preparadas para a retomada das aulas, por questões como entraves em licitações ou novas gestões.
Ao menos sete escolas em todo o Estado, sendo duas delas na capital, não abriram as suas portas devido a casos de Covid.
Apesar de o Plano São Paulo permitir, na fase amarela, o funcionamento das escolas com até 70% dos alunos e presença obrigatório dos alunos, a secretaria estadual de Educação manterá o limite de 35% durante as duas primeiras semanas de aula.
O prazo servirá para que as medidas adotadas nos estabelecimentos sejam avaliadas, e, a partir, disso, saber se a ampliação poderá ocorrer. É por isso que algumas cidades podem optar por não abrir as escolas.
Ainda segundo o secretário, mesmo na fase verde, quando os estabelecimentos de ensino autorizados a atender para até 100%, é possível manter a forma mista. "Pode ser de 50% [presencial] e 50% [online]", disse.