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Ao menos 874 escolas estaduais de SP não abriram por problemas estruturais ou falta de autorização

Ao menos 874 escolas estaduais de SP não abriram por problemas estruturais ou falta de autorização

Ao menos 874 escolas estaduais de SP não abriram por problemas estruturais ou falta de autorização
Notícias ao Minuto Brasil

04:06 - 09/02/21 por Folhapress

Brasil EDUCAÇÃO-SP

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Das 5.300 escolas estaduais de São Paulo, 874 não puderam reabrir nesta segunda-feira (8), primeiro dia de aulas presenciais após quase 11 meses de portas fechadas por causa da pandemia do novo coronavírus, ainda em curso.

Segundo a Secretaria Estadual de Educação, 800 unidades não abriram por estarem em municípios que não autorizaram a volta das atividades presenciais.

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Outras 67 estão em obras, para corrigir problemas estruturais, e 7 não abriram porque tiveram casos suspeitos ou confirmados de coronavírus entre professores e funcionários antes mesmo do início das aulas.

Elas representam 16,5% de todas as escolas da rede estadual.
Para o secretário de Educação, Rossieli Soares, os casos são pontuais e serão resolvidos em breve. "Hoje é um dia muito significativo, é muito importante ver nossas escolas abrindo, recebendo os estudantes", disse.

Dos 645 municípios paulistas, 129 não autorizaram o retorno das aulas presenciais. Entre eles estão, por exemplo, as sete cidades do ABC. Os prefeitos decidiram que as escolas das redes municipais e estadual só podem reabrir a partir de 1º de março. As unidades particulares, no entanto, estão autorizadas a abrir a partir de 18 de fevereiro.

A decisão, segundo os prefeitos, levou em conta o calendário de vacinação. Eles argumentam que querem esperar até que parte da população mais vulnerável ao vírus já esteja vacinada.

Há ainda municípios que decidiram por um adiamento ainda maior, como é o caso de Santo Expedito, a 609 km da capital paulista. O prefeito determinou que as aulas presenciais continuem suspensas até 24 de abril.

A Secretaria de Educação diz que vai tomar as medidas judiciais cabíveis para que as escolas possam ser reabertas. Soares já havia dito que vai cobrar dos prefeitos que apresentem dados epidemiológicos que justifiquem a decisão de não seguir as orientações do Plano São Paulo.

Das 67 escolas que não puderam reabrir por problemas estruturais, a pasta diz que 64 conseguiram remanejar os alunos para outras unidades da rede estadual e assim retomar as aulas presenciais. Em três delas não havia nenhum colégio próximo para abrigar os estudantes, por isso, continuam apenas com aulas a distância.

Segundo a secretaria, os problemas que inviabilizaram o retorno das aulas foram obras inacabadas ou ações de vandalismo.

Segundo a secretaria, há ainda outras 49 escolas que reabriram nesta segunda mesmo com número insuficiente de faxineiros. Nessas unidades, houve problema nos contratos de limpeza. A pasta diz que os diretores conseguiram achar soluções, como remanejar outros funcionários para atuar na limpeza.

Em 177 escolas estaduais também houve problema no contrato das merendas e as unidades abriram mesmo sem ter merendeira para fornecer alimentação às crianças. Segundo a secretaria, nestes casos será oferecida a merenda seca até que o problema seja resolvido.

Apesar do protocolo de segurança, houve registro pontual de aglomeração de alunos. Vídeo gravado na frente da escola Monsenhor Gonçalves, em São José do Rio Preto, mostra uma fila de estudantes próximos uns dos outros em fila para entrar no colégio.

Procurada, a Diretoria de Ensino de São José do Rio Preto disse que a escola cumpriu todos os protocolos de segurança do Plano São Paul e que a atenção no lado externo, enquanto os alunos entram, será reforçada, mas que não foi verificada a aglomeração por parte dos alunos neste primeiro dia de aula.

Os professores da rede convocaram greve para este primeiro dia de aula em sala, mas o secretário afirmou que nenhuma escola teve as atividades afetadas pela paralisação. Assim que a Apeoesp, principal sindicato da categoria aprovou a greve, o secretário anunciou que descontaria os dias parados dos salários de quem aderisse à paralisação.

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