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Jovem recebe carta de vizinho pedindo que use "roupas decentes" no prédio

Mulher compartilhou a mensagem nas redes sociais e recebeu o apoio do condomínio

Jovem recebe carta de vizinho pedindo que use "roupas decentes" no prédio
Notícias ao Minuto Brasil

07:28 - 13/05/21 por NMBR

Brasil Abuso

Uma mulher de 22 anos foi surpreendida, em Maringá, no  Paraná, por uma carta de um vizinho criticando as roupas que ela usava no condomínio.

No texto, o homem refere que "como pai de família" sentia "vergonha" e pediu à jovem que mudasse a forma de se comportar, ameaçando conversar com a dona do apartamento.

Ana Paula, que havia se mudado para aquele prédio apenas uma semana antes, contou que se sentiu "muito humilhada" e fez queixa na polícia.

"Eu me mudei para lá no dia 1 de maio, quando a situação aconteceu eu estava no prédio há poucos dias e, até aí, ainda não tinha conhecido ninguém", conta, referindo que, quando chegou do trabalho e viu a carta deixada por baixo da porta, acreditou que se tratasse de uma mensagem de boas-vindas ou algo relacionado com a mudança. "Na hora em que li aquelas palavras comecei a sentir repulsa, nojo, comecei a chorar muito porque não queria acreditar naquilo".

Na mensagem, o morador afirmava que no local moram pessoas de família e de várias religiões, e que por isso ela deveria "usar roupas adequadas".

* carta de ASSÉDIO e INJÚRIA * venho compartilhar com vocês a carta que estava embaixo da minha porta hoje. Calúnia,...

Publicado por Ana Paula Benatti em Sexta-feira, 7 de maio de 2021

A jovem, que trabalha na unidade de cuidados intensivos de um hospital, explica que usa uniforme no trabalho e em casa está normalmente de blusinha e shorts.

Ana Paula conta ainda que, das únicas vezes que circulou pelo condomínio, foi para sair do prédio e, portanto, sente-se "vigiada" pelo vizinho.

"Eu acho que para ter me visto estava realmente cuidando da minha vida, me seguindo, porque como sabia o horário para colocar a carta sem eu estar em casa? Como sabia em que apartamento eu morava? Me senti perseguida, vigiada e invadida", revela.

Ainda assim, Ana Paula recebeu o apoio dos responsáveis do condomínio, que no dia seguinte foram falar com ela.
 
"Me deram apoio, garantiram que vão ajudar no que precisar", explicou ainda.

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