Governo nomeia cirurgiã para chefiar nova secretaria de enfrentamento à Covid
Rosana Leite de Melo irá chefiar a nova secretaria de enfrentamento à Covid no Ministério da Saúde
© Divulgação / Hospital Regional de Campo Grande
Brasil Ministério da Saúde
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Após trocar duas vezes indicações anteriores, o governo nomeou nesta quinta-feira (17) a médica Rosana Leite de Melo para chefiar a nova secretaria de enfrentamento à Covid no Ministério da Saúde. Criada há pouco mais de um mês, a área deve ser responsável por estratégias de combate à epidemia no país.
Até então, Melo era diretora do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, que atua dentro da rede de referência no atendimento à Covid no estado. Na terça (15), o Diário Oficial da União publicou a cessão da médica, que era vinculada à UFMS, para ocupar o cargo no Ministério da Saúde.
Formada em medicina pela mesma universidade, e servidora federal desde 2003, Melo tem residência médica em cirurgia geral e oncológica. Também é especialista em cirurgia de cabeça e pescoço e tem mestrado em Saúde e Desenvolvimento na região Centro-Oeste pela UFMS.
Antes de assumir o cargo, Melo já atuou por três anos no Ministério da Educação, onde foi coordenadora de residências em saúde e diretora da área de desenvolvimento da educação em saúde. Ela deixou a pasta em 2019.
A criação da nova secretaria tem sido apontada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, como uma das bandeiras de sua gestão no enfrentamento à pandemia. Formalizada por decreto há um mês, a pasta, porém, tem passado por idas e vindas na escolha dos titulares.
Antes da nomeação de Melo, Queiroga chegou a anunciar outros dois nomes para a secretaria. O primeiro deles foi o do atual coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, Francieli Fontana. A indicação, porém, foi revista em seguida, devido ao foco na vacinação no país.
No lugar de Fontana, foi escolhida a médica infectologista Luana Araújo. Em maio, Araújo chegou a participar formalmente de evento como nova secretária da área. A médica, porém, teve a indicação retirada antes mesmo de tomar posse.
Desde então, Queiroga vem dando diferentes versões para a retirada da indicação. Inicialmente, negou interferência do Planalto. Em seguida, disse que os nomes indicados precisavam de "validação técnica e política". Já em depoimento à CPI da Covid, afirmou que tomou a decisão por conta própria devido ao que chamou de "resistências" à sua indicação.
Antes de ser oficializada no ministério, Araújo já havia criticado em entrevistas a insistência pelo uso da cloroquina contra a Covid. Ela reforçou as críticas em depoimento à CPI após ter tido a indicação retirada.