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Papa Francisco demite padre investigado por abusos sexuais no interior de SP

De acordo com o comunicado divulgado pela Diocese de Limeira na sexta-feira (11), Pedro Leandro Ricardo, já tratado com o pronome "senhor" e não padre, assim que notificado, "não poderá mais exercer, válida e licitamente, o ministério sacerdotal".

Papa Francisco demite padre investigado por abusos sexuais no interior de SP
Notícias ao Minuto Brasil

16:00 - 13/03/22 por Folhapress

Mundo PAPA-FRANCISCO

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O papa Francisco decidiu aplicar a pena de demissão ao padre Pedro Leandro Ricardo, de Americana (SP), devido a denúncias de abuso sexual. Conforme comunicado emitido pela Diocese de Limeira, a ação ocorreu após abertura de procedimento interno, que apurou a conduta do ex-sacerdote depois de queixas de ex-coroinhas.


De acordo com o comunicado divulgado pela Diocese de Limeira na sexta-feira (11), Pedro Leandro Ricardo, já tratado com o pronome "senhor" e não padre, assim que notificado, "não poderá mais exercer, válida e licitamente, o ministério sacerdotal". A nota é assinada pelo bispo Diocesano de Limeira, dom José Roberto Fortes de Palau.


Ricardo, que atuava como reitor da Basílica de Santo Antônio, em Americana, já havia sido afastado da paróquia por tempo indeterminado.


A reportagem não conseguiu confirmar com a Diocese de Limeira se Pedro Leandro Ricardo já foi notificado da demissão. Ele também não foi localizado para comentar sobre sua demissão da igreja.


Ao site G1 Ricardo se disse "totalmente surpreso" com a demissão da igreja católica e afirmou que está sendo perseguido pela Diocese de Limeira, sem possibilidade de defesa. Ele declarou que pretende entrar com recurso contra a decisão.
Ao menos quatro ex-coroinhas o denunciaram por suposto assédio sexual quando eles eram menores de idade e o auxiliavam na missa. A denúncia se tornou pública no início de 2019.


O padre havia sido afastado da função eclesiástica em janeiro daquele ano, após reportagem da Folha revelar que ele estava sob investigação do Ministério Público por suposto envolvimento com meninos que lhe tinham como guia na basílica de Americana. Paralelamente à apuração da Promotoria, se iniciou a investigação canônica, sob ordenamento da igreja. As investigações que tramitam na Justiça seguem sob sigilo.


Os ex-coroinhas contaram que tinham entre 11 e 17 anos quando o suposto assédio aconteceu. Narram que o contato sexual com o padre foi o primeiro de suas vidas –os relatos variam de "escorregadas de mão" a "felação".


Em entrevista para a Folha publicada em fevereiro daquele ano, a advogada Talitha Camargo da Fonseca, que representava os quatro homens que disseram ter sido assediados por Ricardo na adolescência, contou que eles tinham deixado de seguir a religião.

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