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Estudantes desocupam todas as escolas em funcionamento em Goiás

Apenas uma escola, desativada desde 2014

Estudantes desocupam todas as escolas em funcionamento em Goiás
Notícias ao Minuto Brasil

12:02 - 21/02/16 por Notícias Ao Minuto

Brasil Desocupação

Após quase dois meses do início das ocupações de escolas em Goiás, estudantes desocuparam todas as unidades em funcionamento no estado. Apenas uma escola, desativada desde 2014, continua ocupada. Desde dezembro, 28 escolas chegaram a ser tomadas por estudantes secundaristas, professores e apoiadores em protesto contra proposta do governo estadual de transferir a administração de escolas a Organizações Sociais (Oss).

Para o governo do estado, a desocupação dos colégios estaduais Instituto de Educação de Goiás, em Goiânia, e Américo Borges de Carvalho, em Anápolis, na última sexta-feira (19), “encerra o processo de ocupação de escolas e restabelece a normalidade total do ano letivo da educação”, segundo nota divulgada pela Secretaria de Educação, Cultura e Esporte (Seduce).

O Colégio Estadual Antesina Santana, em Anápolis, foi uma das unidades ocupadas pelos estudantesValter Campanato/Agência Brasil

O governador em exercício de Goiás, José Eliton de Figuerêdo Júnior, determinou nesse sábado (20), que a Seduce e a Secretaria de Gestão e Planejamento façam um levantamento completo dos eventuais prejuízos provocados pelas ocupações para cobrar dos responsáveis.

De acordo com a Seduce, foram constatadas depredações no Instituto de Educação de Goiás. O órgão diz que a desocupação ocorreu de forma voluntária, sem necessidade de negociação ou interferência da secretaria.

Pelo Facebook, na página Secundaristas em Luta – GO, integrantes das ocupações denunciaram casos de agressões e de atos de violência policial durante as desocupações.

A partir deste ano, Goiás pretende

transferir a administração de escolas estaduais a OSs, que são entidades filantrópicas. O modelo, que já é aplicado no sistema de saúde do estado, é inédito em escolas no Brasil, segundo o próprio governo. A implantação começará em 23 escolas e deve chegar a 200 até o final do ano.

O modelo goiano prevê a assinatura de uma parceria para que os repasses públicos sejam feitos às entidades, que ficarão responsáveis pela manutenção das escolas e por garantir melhores desempenhos dos estudantes nas avaliações feitas pelo estado. Elas também poderão contratar professores e funcionários. O quadro de professores efetivo será mantido. Com informações da Agência Brasil.

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