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Mil toneladas de remédio são jogadas no lixo no Rio de Janeiro

Cerca de 300 toneladas de medicamentos com prazo de validade vencido, alguns desde 2009, foram jogados no lixo

Mil toneladas de remédio são jogadas no lixo no Rio de Janeiro
Notícias ao Minuto Brasil

20:57 - 23/02/16 por Notícias Ao Minuto

Brasil Desperdício

Nesta segunda-feira (22), foi realizada uma vistoria numa central de abastecimento da Secretaria Estadual de Saúde, em Niterói, revelou que cerca de 300 toneladas de medicamentos com prazo de validade vencido, alguns desde 2009, foram jogados fora.

A comissão da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio) responsável pela inspeção descobriu que esse núimero é ainda maior. Entre 2014 e 2015, foram incineradas mais 700 toneladas de medicamentos pelo mesmo motivo - prazo de validade vencido. No total, mil toneladas de remédios foram desperdiçadas.

De acordo com informações do jornal 'Extra', entre os medicamentos vencidos, há remédio para tratamento de doenças como Aids e câncer e diversos tipos de outros materiais.

O estado do Rio contraiu uma dívida de R$ 59 milhões com o consórcio LogRio, responsável pela gestão do depósito onde ficava os medicamentos. O valor foi calculado pela comissão de orçamento da Assembleia Legislativa do Rio.

O deputado Pedro Fernandes (Solidariedade),

que estava no local, afirmou que chamará o secretário estadual de Saúde, Luiz Antônio Teixeira Jr., para prestar esclarecimentos.

Procurada, a Secretaria estadual de Saúde alegou que “o superintendente de Armazenagem e Distribuição, além de outros profissionais do setor, que ocupavam os cargos desde 2011, inclusive na gestão do antigo secretário Felipe Peixoto, já foram exonerados e substituídos no início de 2016”. Segundo a secretaria, em 2016, novas medidas foram tomadas para evitar mais desperdício, “tais como a determinação para que a empresa responsável envie relatórios mensais de materiais que tenham data de vencimento em seis meses subsequentes”.

A secretaria desmobilizou a Corregedoria do órgão que investigava a queima de 700 toneladas de medicamentos entre 2014 e 2015. Todos os servidores que faziam parte do órgão foram exonerados. Segundo a secretaria, “a atuação da antiga equipe da Corregedoria não impediu que houvesse o vencimento de materiais”.

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