Brincar em rios, lagos ou no mar na infância pode melhorar saúde mental, diz estudo
Um estudo feito em 18 países se propôs a avaliar se o mesmo acontece com aquelas crianças que brincam frequentemente em espaços aquáticos naturais –como o mar, rios e lagos.
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os benefícios do contato com parques e outros espaços verdes na infância para o relaxamento e o bem-estar já são bem conhecidos. Agora, um estudo feito em 18 países se propôs a avaliar se o mesmo acontece com aquelas crianças que brincam frequentemente em espaços aquáticos naturais –como o mar, rios e lagos.
A pesquisa, baseada em dados de mais de 15 mil pessoas, chegou à conclusão de que adultos que tinham mais memórias positivas de terem nadado em "espaços azuis" quando crianças tendem a visitar esses ambientes com mais frequência depois que cresceram, o que por sua vez se associa com um maior bem-estar mental.
O trabalho foi coordenado pelo Centro Europeu de Meio Ambiente e Saúde Humana da universidade de Exeter, na Inglaterra, e publicado na revista científica Journal of Environmental Psychology.
Os dados vieram de uma pesquisa chamada Blue Health International Survey, que coletou dados de milhares de pessoas em 14 países europeus, além de Canadá, Austrália, Hong Kong e EUA.
Os entrevistados foram solicitados a relembrar suas experiências em "espaços azuis" entre as idades de 0 e 16 anos, incluindo com que frequência os visitavam e quão confortáveis seus pais estavam com eles brincando nesses ambientes. Eles também responderam a perguntas sobre contatos recentes com esse tipo de espaço natural e sobre sua saúde mental.
Segundo os pesquisadores, em um mundo cada vez mais tecnológico e industrializado é importante entender como as experiências na natureza da infância se relacionam com o bem-estar na vida adulta.
"Construir familiaridade e confiança em relação a espaços azuis na infância pode estimular uma alegria e uma maior propensão a passar tempo recreativo na natureza na idade adulta, com consequências positivas para o bem-estar subjetivo adulto", concluem os autores da pesquisa.