Guardião de armas do PCC é morto em ação com 26 presos, diz Polícia Civil
O homem foi morto nesta terça-feira (18) durante uma das áreas de atuação da Operação Expurgo
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Justiça Facção
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Apontado pela polícia como guardião de armas da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), homem foi morto nesta terça-feira (18) durante uma das áreas de atuação da Operação Expurgo, em Água Clara (MS), cidade de 14 mil habitantes a 139 km de Campo Grande.
Na ação, 26 pessoas foram presas no estado por suspeita de ligação com o crime organizado e foi apreendido o equivalente a R$ 600 mil em imóveis e objetos.
Matheus Santos Carvalho, 23, também conhecido como "Chinfra", foi morto na residência em que vivia, no bairro Arlindo Ricieri Lazarini durante abordagem policial. Ele já tinha anotações policiais por tráfico de drogas, furto e ameaça. Segundo os agentes, ele teria se recusado a largar uma arma quando foi surpreendido e acabou baleado.
Contra Matheus havia um mandado de busca e apreensão. Na casa em que ele vivia foram encontradas várias munições, um revólver, celulares, balança de precisão e R$ 110.
A investigação sobre a atuação do PCC na região começou no final de 2021 e durou sete meses, quando se apurou que o tráfico de drogas no município de Água Clara encontrava-se organizado e sob o comando da facção criminosa, infiltrada nos presídios do Estado. A maioria dos traficantes da cidade integrava a referida organização, revendendo com exclusividade os entorpecentes fornecidos por ela.
A operação contou com 94 policiais civis, 11 penais e 27 viaturas, além de um helicóptero, para cumprir 26 mandados de prisão preventiva e 25 mandados de busca e apreensão. Foi ainda cumprido um mandado de sequestro de imóvel, avaliado em 350 mil, oriundo do crime de lavagem de dinheiro. O total apreendido foi avaliado em R$ 600 mil.
Durante a Operação Expurgo também foram realizadas buscas nas celas nos presídios de Campo Grande e Três Lagoas e requeridas transferências de integrantes do crime organizado para a penitenciária de Segurança Máxima do estado.
"A transferência é para perderem a capacidade de continuar tomando decisões, e assim, estrangular a facção", disse Felipe Rossato, delegado de Água Clara. De acordo com ele, a operação foi possível após ser feito o rastreio de dinheiro da compra das drogas até a distribuição dela na região.