Menino de 11 anos estuprado em escola já havia sido agredido, diz pai
O homem informa que o registro de ocorrência, realizado no dia 29 de outubro, foi feito três dias após os abusos, porque o menino teria ficado com medo de relatar a violência à família.
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Justiça VIOLÊNCIA-BA
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O menino de 11 anos estuprado por colegas dentro de um banheiro de uma escola da rede municipal de Guanambi (BA) já havia sido agredido fisicamente antes na instituição, segundo o pai da criança. À reportagem, ele informou que já havia conversado com a diretoria sobre a situação após ver o filho chegar em casa com manchas roxas pelo corpo.
"Já tinha relatos de agressões anteriores. Eu tinha ido na escola, reclamei que estavam batendo nele e a diretora, nada. Ele chegou em casa todo cheio de mancha", disse o pai da criança, não identificado para preservar a identidade da vítima.
O homem informa que o registro de ocorrência, realizado no dia 29 de outubro, foi feito três dias após os abusos, porque o menino teria ficado com medo de relatar a violência à família. A Polícia Civil da Bahia confirmou o registro à reportagem.
"Ele falou que tinha dor no ânus e teve uma febre. Ele veio para casa, sentou no meu sofá e disse que tava com dor", afirma o pai. Segundo ele, a criança tinha acabado de deixar o material na sala de aula pela manhã quando, ao entrar no banheiro, sofreu uma "rasteira" de um colega e foi imobilizado por outros três no chão. "Ele não via direito porque alguém segurou a cabeça dele".
O pai diz que, quando ficou sabendo do caso, reportou a polícia e que, na segunda-feira (31), foi até a escola para informar o que tinha ocorrido. "Eu senti que tentaram passar pano frio, dizendo que as coisas não tinham acontecido dessa forma", afirma ele.
A criança está recebendo atendimento psicológico e a família resolveu tirá-lo da escola. "Fizemos isso para que ele não fosse zombado", afirma o pai, que descreveu a criança como um menino muito "simples e amoroso".
Desde terça-feira (8), a reportagem tenta contato com a direção da unidade de ensino, por meio da Secretaria Municipal de Educação, mas não obteve retorno até o momento. O espaço será atualizado assim que houver manifestação.
O caso segue em segredo de justiça e, segundo a polícia, demais detalhes não devem ser divulgados.