Mulher é retirada de vagão após ofender casal gay no metrô de SP
A mulher, que se dizia evangélica, disse que poderia matar gays
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Brasil Homofobia
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Uma mulher foi retirada por seguranças de um vagão da linha 3-vermelha do metrô de São Paulo depois de agredir verbalmente um casal de homens.
O caso aconteceu na tarde da última quinta-feira (9). Vídeos registrados por passageiros e postados nas redes sociais mostram o momento da investida. Sentada em frente ao casal, a mulher se mostra incomodada e pede para que eles leiam a Bíblia, alegando se tratar de um conselho de mãe.
Uma discussão se inicia, e um dos homens chama a agressora de louca. A mulher, então, rebate: "Se eu fosse [louca] eu matava vocês. Matava um monte por aí".
Outros passageiros intervêm, e uma das vítimas aciona seguranças do metrô. A mulher, então, é abordada e os seguranças pedem que ela deixe o vagão. Nos vídeos é possível ouvir passageiros aplaudindo a retirada da mulher.
Em nota, o Metrô afirma que todos os envolvidos foram conduzidos para a Delpom (Delegacia de Polícia do Metropolitano) para esclarecimento dos fatos e que um boletim de ocorrência foi registrado no 77° DP (Santa Cecília), na região central da capital.
Lei em vigor desde 2001 no estado de São Paulo (Lei n° 10.948) prevê multa de R$ 1.000 a R$ 3.000 a quem praticar atos de discriminação em razão de orientação sexual.
Em âmbito nacional, embora não exista lei exclusiva, a homofobia –assim como a transfobia– é considerada crime desde 2019, quando o STF (Supremo Tribunal Federal) enquadrou os casos na lei dos crimes de racismo (Lei n° 7.716/1989) até que o Congresso Nacional aprove uma legislação sobre o tema. A pena prevista é de 2 a 5 anos de reclusão, além do pagamento de multa.