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Vou voltar ao Brasil e ser preso injustamente, diz Thiago Brennand em vídeo

Ele está nos Emirados Árabes desde setembro do ano passado, para onde viajou poucas horas antes de ser denunciado pelo Ministério Público por agredir a empresária Alliny Helena Gomes em uma academia de São Paulo. Ele chegou a ser preso no país em outubro, mas foi solto após fiança.

Vou voltar ao Brasil e ser preso injustamente, diz Thiago Brennand em vídeo
Notícias ao Minuto Brasil

06:37 - 07/04/23 por Folhapress

Justiça Emirados Árabes

ISABELLA MENON
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em vídeo publicado no YouTube há dois dias, o empresário Thiago Brennand, 42, volta a falar sobre os crimes sexuais de que é acusado e sobre sua anunciada volta ao Brasil.


Ele está nos Emirados Árabes desde setembro do ano passado, para onde viajou poucas horas antes de ser denunciado pelo Ministério Público por agredir a empresária Alliny Helena Gomes em uma academia de São Paulo. Ele chegou a ser preso no país em outubro, mas foi solto após fiança.


Após o caso, cerca de 15 mulheres o denunciaram por agressões sexuais. No novo vídeo, ele nega as acusações. "Obviamente não estuprei ninguém. Nesse país muita gente tem sede de vingança."


O vídeo foi publicado após o advogado Eduardo Leite protocolar uma petição em que pede para que o nome dele seja retirado da Interpol e a revogação dos pedidos de prisão preventiva.


Segundo o Tribunal de Justiça, há oito denúncias contra o empresário e cinco pedidos de prisão preventivas. "Tudo é distorcido. Você é o vilão, o pior do mundo. Vou me apresentar e provavelmente vão me prender injustamente", diz ele no vídeo.
Brennand, porém, admite que tem "desculpas a pedir" e cita a ex-promotora Gabriela Mansur –fundadora do coletivo Justiceiras, que recebeu denúncias contra o empresário- e o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mário Sarrubbo.


"Tô com meus pais com câncer, o da minha mãe se agravou, meus país já têm idade, o meu filho tá sozinho e depende de mim. Vou enfrentar o que tiver que enfrentar", afirma ele, destacando que tem ótima relação com o filho e o pai.


Ao longo do processo, ele mudou algumas vezes de advogados. "Tenho que pedir desculpas aos advogados", diz. Ele cita ainda que durante o período em que passou nos Emirados Árabes encontrou "uma pessoa da família do ex-presidente [Jair Bolsonaro]", mas não cita quem.


"Minha vontade é voltar ao Brasil, não moro há muitos anos, sempre tive relação com o Brasil e não posso me colocar como bandido de Interpol. Isso é um absurdo."


Na segunda-feira (3), a defesa de Brennand afirmou em uma petição que o seu cliente pretende retornar ao Brasil nesta sexta (7).


"Objetivando cumprir os trâmites processuais, o acusado manifesta o interesse em retornar ao Brasil, na próxima quinta-feira (6 de abril de 2023), chegando no dia 7 de abril", diz o documento, que encerra dizendo que o acusado se colocará "à disposição da Justiça".


O envio da petição foi confirmado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. No documento, o advogado requer a revogação da prisão preventiva e a exclusão do nome de Brennand da difusão vermelha da Interpol.


O TJ-SP afirma que o pedido está sob análise. Já o Ministério Público diz que se manifestará no prazo legal sobre os pedidos defensivos.


OS 4 PEDIDOS DE PRISÃO PREVENTIVA DE BRENNAND
Após a acusação de agressão a modelo Alliny Helena Gomes, Brennand deixou o Brasil em 4 de setembro, horas antes da denúncia do Ministério Público. O órgão determinou que ele retornasse ao Brasil até 23 de setembro e entregasse o passaporte. Como não cumpriu a medida, Brennand teve a prisão preventiva decretada no dia 27 de setembro e tornou-se foragido. A viagem inicialmente foi para para Dubai, nos Emirados Árabes.


Logo depois, a Justiça decretou uma nova prisão contra Brennand, sob a acusação de tatuar à força e manter em cárcere privado uma mulher em Porto Feliz, no interior de São Paulo.
No dia 7 de novembro, Brennand teve a terceira prisão preventiva decretada pela Justiça. Na ocasião, os promotores Evelyn Moura Virginio Martins e Josmar Tassignon Júnior apresentaram denúncia contra ele por suspeita de estupro que teria ocorrido também em Porto Feliz.


No dia 6 de março, ele teve a prisão preventiva decretada após a denúncia da miss e estudante de medicina Stefanie Cohen. Ela afirma que foi estuprada por Brennand em 2021.

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