Filha de pintora suíça é salva no RJ após meses em cativeiro com 300 obras
A vítima, chamada Dolores, foi achada em uma casa fechada, sem geladeira, com alimentos escassos e impróprios para o consumo
© Sabine Vanerp/Pixabay
Justiça Sequestro
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Uma idosa de 67 anos, filha de uma pintora suíça, foi resgatada de um cativeiro em Paraty, no litoral sul do Rio de Janeiro. No local, havia cerca de 300 quadros pintados pela mãe da vítima. A vítima, chamada Dolores, foi achada em uma casa fechada, sem geladeira, com alimentos escassos e impróprios para o consumo.
Dolores ficou em cativeiro por mais de seis meses. As necessidades básicas dela, que também tem nacionalidade suíça, não eram supridas, segundo o delegado Marcello Russo.
Alguns dos 300 quadros da mãe da vítima achados no local pertencem ao Museu Nacional da Suíça. As obras serão periciadas e, posteriormente, a polícia entrará em contato com o consulado da Suíça para devolver as peças do museu.
Três suspeitos foram presos em flagrante por associação criminosa, cárcere privado e outros crimes previstos no Estatuto do Idoso. Dois deles tentaram fugir do local.
A Polícia Civil suspeita que o cárcere da idosa suíça visava a obtenção de vantagens financeiras. Há indícios de que um dos suspeitos recebeu a escritura de um sítio da idosa em Cunha (SP), no valor de R$ 1,8 milhão. Um dos presos disse que tinha curadoria da vítima.
A idosa foi levada ao Hospital Municipal de Paraty para receber atendimento médico. A corporação não repassou mais detalhes sobre a mãe e a existência de familiares da vítima no Brasil.
A reportagem não conseguiu contato com a defesa dos suspeitos, pois as identidades deles não foram divulgadas pela Polícia Civil.